domingo, 4 de outubro de 2020

The Chameleons - Script Of The Bridge (1983)


Eu devo ter morrido umas 1000 vezes. Essa é apenas uma das frases presentes neste grande disco desta que, para mim, está entre as bandas mais subestimadas do pós punk dos anos 80. E nas próximas postagens virão mais algumas (algumas já foram postadas aqui, aqui e aqui). O Chameleons surgiu em Manchester, Inglaterra. O país berço do pós punk. Mas ainda assim poucas pessoas sabem o que foi, é, e será este disco para o pós punk. Bandas como Editors, Interpol, The National, só pra citar algumas, os tem como uma de suas principais influências. Estas são as mais conhecidas, fora outras tantas perdidas ou esquecidas no mundo que os tem como uma base em sua música. 


Comecei a ouvir bastante o Chameleons quando eu iniciei um momento um tanto quanto difícil da minha vida e talvez por isso, este seja um disco que me marca muito. Second Skin é uma canção que quase nunca consigo ouvir e cantar sem que a emoção me leve a molhar os olhos. Less Than Human é um ápice! Digo um porque este disco por inteiro o é. Uma das letras mais profundas deste disco, junto a melodia lenta onde o chorus e o delay invadem toda extensão de seu ser, que se mistura com as batidas fúnebres do John Lever. Essa é de fato uma das músicas em que eles conseguiram traduzir totalmente a letra na melodia, ou a melodia na letra, não sei… 


Talvez a característica mais marcante do Chameleons seja o casamento perfeito entre as guitarras de Dave Fielding e Reg Smithies, que definitivamente lhe fazem viajar parado. 


Poucas pessoas sabem o quão importante esses 4 caras foram para o pós punk. Lançaram três discos, o What Does Anything Mean? Basically de ‘85 e o Strange Times em ‘86, e apesar de ambos serem grandes discos com ótimas músicas, nenhum deles (para mim, claro) conseguem me chamar tanta atenção quanto este disco de hoje, lançado em ‘83, o Script Of The Bridge. Estava lendo a autobiografia da Kim Gordon e ela diz que “primeiros discos fazem sucesso hoje e sempre porque você não sabe bem o que está fazendo e mesmo assim vai lá e faz”. Isso me chamou a atenção porque quando vou conhecer uma banda, eu sempre busco seu primeiro disco. Foi assim com o Chameleons mas neste caso, discordo da afirmação da Kim Gordon. Acredito que este quarteto sabia exatamente o que estavam fazendo, um som simples e puro para atingir em cheio os ouvidos e a mente daqueles que os ouviriam, eles só não sabiam quão grande seria essa obra. Enjoy it.


The Chameleons:


Mark Burgess (vocais e baixo)

Dave Fielding (guitarras)

Reg Smithies (guitarras)

John Lever (bateria)


The Chameleons - Script Of The Bridge (1983)




01 - Don't Fall 02 - Here Today 03 - Monkeyland 04 - Second Skin 05 - Up The Down Escalator 06 - Less Than Human 07 - Pleasure And Pain 08 - Thursday's Child 09 - As High As You Can Go 10 - A Person Isn't Safe Anywhere These Days 11 - Paper Tigers 12 - View From A Hill


>>> I must have died a thousand times. This is just one of the phrases present on this great album, which, for me, is one of the most underrated post punk bands from the 80s. In the next posts more will come (some have already been posted here, here and here). The Chameleons emerged in Manchester, England. The cradle country of the post punk. But few people know what was, what is, and will be this album to post punk. Editors, Interpol, The National are just some bands that cite them as one of your main influences. These are the best known but surely there are so much around the world that have them as the base for your songs. I started to listen to The Chameleons when I was starting to live a hard time in my life and maybe because of this, this disc marks me a lot. Second Skin is a song that almost never I can listen to and sing without tears in my eyes. Less Than Human is an apex! But of course, this entire record is. One of the most deep lyrics in this album, along with a slow melody where the chorus and delay invade the full extension of your being and mixed up with the mournful beats of John Lever. This is one of the songs they had success in translating the lyrics in melody, or the melody in lyrics, I don't know... Maybe the most memorable feature of The Chameleons would be the perfect match between the guitars of Dave Fielding and Reg Smithies, that definitely make you trip without moving. Few people know how important these 4 guys were to post punk. They released three albums, What Does Anything Mean? Basically and Strange Times (from '85 & '86, respectively), and although both are great albums with great songs, no one of them call me more attention than today's post, released in '83, the Script Of The Bridge. I was reading Kim Gordon's autobiography (Girl in a Band: A Memoir) and she says "first records are successful today and always because you don't know what you're doing and still go there and do it". This calls me attention 'cause when I first listen to a band, I look for the first album. It was this way with The Chameleons but in this case, I disagree with Kim Gordon. I believe that this quartet knew exactly what they were doing, a simple and pure sound to reach the ears and the minds of those who would hear them, they just didn't know how big this work would be. Enjoy it.


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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Trees - Sleep Convention (1982)


Eis aqui uma banda que eu guardo para postar a pelo menos uns 5 anos. Um som que nem lembro como conheci (faz uns 10 anos) mas que provavelmente foi pelas alamedas escuras da internet. Escuras não. Escuro não é de fato um termo para definir esse som. Trees é uma banda de um homem só, e este homem é o compositor Dane Conover. De San Diego na Califórnia, emergiu o Sleep Convention como um disco de new wave clássico, um new wave de qualidade, que teve ótimas críticas na época do lançamento mas se revelou uma tragédia para as vendas. Tragédia essa que não se é compreensível ao ouvir Shock Of The New ou Delta Sleep ou ainda 11:00 AM, canções que definitivamente me impedem de ficar parado. Aliás, este disco tem esta característica especial do new wave, que é um convite a pista de dança. Suas músicas são de arranjos simples e envolventes. A mente de Dane tinha algo muito maior para revelar ao mundo através da Trees. Recentemente no ano de 2018, este disco foi relançado em CD pela Rubellan Remasters com 12 faixas inéditas, sendo duas versões alternativas para Come Back e 11:00 AM e as demais produto de um suposto disco que nunca foi lançado.
Numa busca rápida pela internet, pode-se ver algumas palavras com unanimidade: pessoas dizendo que este é um dos melhores discos de new wave. Este é, de fato, um disco bastante subestimado na história do new wave dos anos 80 mas essa opinião eu deixo a vocês. Enjoy!

Trees:

Dane Conover (todos instrumentos)

Trees - Sleep Convention (1982)


01 - Come Back
02 - Shock Of The New
03 - Delta Sleep
04 - No Stranger
05 - Midnight In America
06 - 11:00 AM
07 - Wildwood
08 - India
09 - Gotta Moon
10 - Red Car

>>> This is a band I have been saving for a long time, at least 5 years. A sound that I even remember how I met (about 10 years ago) but probably was in the dark alleys from the internet. Not dark. Dark is not a word to describe this sound. Trees is a one-man-band, and this man is the composer Dane Conover. From San Diego - CA, emerged Sleep Convention as a classical new wave album, a quality new wave. This album had great reviews when came out but was a tragedy to the market. Tragedy that we can’t understand while we listen to Shock of The New or Delta Sleep… or even 11:00 AM, songs that definitely make me dance. By the way, this album have this special characteristic of the new wave, that’s a invite to the dance floor. Their songs have simple and engaging arrangements. Dane’s mind had something big and very special to offer the world by Trees. Recently in 2018, this album was re-released in CD by the Rubellan Remaster with 12 unreleased tracks, two alternative versions to Come Back and 11:00 AM and the others was a product of a supposed record that was never released.
In a fast looking on the internet, we can read some words unanimity: people telling that’s one of the best new wave records. This is, indeed, a underrated album in the 80s new wave history but I leave this opinion to you. Enjoy!

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