Seu Arsenal
sábado, 20 de abril de 2024
Weimar Gesang - Even Stone Pales 12"
sábado, 4 de junho de 2022
Ministry - With Sympathy (1983)
Sempre ouvi falar do Ministry mas nunca me interessei em procurar pelos discos deles. “É um som industrial massa pra c&$#@!”, disseram. Não curtia tanto industrial. Não como hoje. Depois de um certo tempo me apareceu esse disco como recomendado pelo YouTube e então decidi escutá-lo. Antes eu já tinha ignorado outros vídeos recomendados deles da era industrial e quando ouvi este disco, imaginem minha surpresa ao tentar associar o industrial que tanto falavam com este new wave/synthpop (de alta qualidade!) aqui. A primeira paixão, de cara, foi Work For Love e depois de ouvir algumas vezes este disco ele já estava entre os melhores dos 80s pra mim. Tente ouvir este disco e manter-se parado. Todas as canções aqui presentes são dignas de tocarem em qualquer festa temática dos 80s ao redor do mundo.
Embora o Al Jourgensen não queira mais essa parte do Ministry em sua história, este é um disco que ficou eternizado para os amantes do synthpop e do new wave.
Esta é a versão remasterizada em CD, lançada em 2012. Enjoy it!
Although Al Jourgensen don’t care very much this Ministry era as a part of the band history, this is an album that has been immortalized for lovers of synthpop and new wave.
This is the remastered CD version released in 2012. Enjoy it!
domingo, 25 de julho de 2021
The Comsat Angels - Land (1983)
Eu não lembro ao certo como me deparei com eles, mas faz uns 8 ou 10 anos que os becos escuros da internet me fizeram esbarrar no The Comsat Angels. Devo ter visto algo em algum blog e lembro de ter ido procurar a música no YouTube, não me recordo qual música foi mas sei que foi alguma do disco da postagem de hoje, o Land de ‘83. Achei bacana o som, e baixei o disco para ouvir depois. E esse depois perdurou por muito tempo até que lá por 2016, eu conheci a rádio Underground 80s, da Soma FM. Ouvia bastante (e ainda ouço) e sempre ouvia umas músicas do Land sem nem saber que era o The Comsat Angels. Num belo dia, ao ouvir determinada música (acho que era Island Heart), fui ver quem era o artista daquela música que eu já havia ouvido várias vezes e os reconheci na banda que havia escutado uma música tempos atrás.
Este disco foi quando eles entraram na sonoridade mais comercial da época e, ao menos para mim, não decepcionaram. Fiquei impressionado como este disco não consegue ocupar o cargo de um dos melhores para alguns fãs pela internet. Mas claro, os discos anteriores a eles mostravam um Comsat Angels diferente, com uma veia pós punk que os impulsionou nos primeiros momentos de vida, ainda com a primeira gravadora (a clássica Polydor), e isto definitivamente fez com que os fãs se prendessem aos primeiros discos. Em Land, a Jive apostou em uma sonoridade mais popular para a época. Os singles para este disco foram muito bem recebidos. Uma nova versão para Independence Day, esta que ganhou um clipe (que você pode encontrar aqui, com uma qualidade não tão boa mas dá pra pegar o feeling da coisa). Will You Stay Tonight? que também foi single deste disco, é a música que abre o disco, diga-se de passagem, foi uma boa escolha. A gente já percebe a pegada new wave que está presente neste disco. Island Heart é uma das melhores (se não for a melhor!), com uma batida que lhe convida a não ficar parado; está nos meus sets de discotecagem.
De Will You Stay Tonight? a As Above, So Below (destaque para a linha de baixo dessa aqui!), só tem pancadas; não há uma música ruim. Talvez Alicia (Can You Hear Me) possa ser a mais fraquinha das canções mas não menos digna. Eu custei a me afeiçoar a I Know That Feeling, mas hoje consigo apreciá-la, em toda sua beleza retraída mas não menos atraente. Ela é outra que possui uma linha de baixo interessante. Mister Memory é outra ótima canção que eu sempre ouvia na Underground 80s.
Este disco está justamente nesta transição da fase pós punk deles para a mais new wave, ou mais comercial. E acredito que é justamente por isso que gostei tanto dele. Eles estavam buscando uma nova linha sonora mas sem querer deixar as raízes para trás, isso fez eles produzirem músicas que estão entre essas duas linhagens: um pé no pós punk, outro no new wave.
O The Comsat Angels é mais uma das bandas perdidas dos 80s. Assim como o The Chameleons, eles também foram citados como influência das bandas “revival” do pós punk, como o Editors e o Interpol.
A maioria dos fãs da banda, como já falei, não tem este disco como um dos melhores, mas sim o debut deles de ‘80 (Waiting For A Miracle) ou o seu segundo disco de ‘81, o Sleep No More. Para mim é o melhor… Talvez ele possa disputar esse lugar com o Sleep No More mas isso é assunto para outra postagem…
I don't remember for sure how I met them, but it's been about 8 or 10 years since I heard The Comsat Angels for the first time. Maybe I saw something in some blog and I remember looking for that song on YouTube. It doesn't come to my mind right now what the song was but I know for sure that it was a song from today's post, the 83's Land. I really liked the sound and downloaded the entire album to listen to later. But this "later" take too loooong and so, in 2016 I found the Soma FM Underground 80s radio. I listened a lot to this radio (and still listen!) and always heard songs from Land with no even knowing that the song was The Comsat Angels. So, one day I listened to that song (I think it was Island Heart), and started looking at what was the band behind that song I was listened so much and recognized them in the band that I heard a unique song years ago.
In this disc, they are in a more commercial sound from that era and, at least for me, they didn't disappoint. I was impressed how this disc can't hold the position of one of the best albums to The Comsat Angels fans on the internet. But of course, the previous releases show a different Comsat Angels, with a post punk vein that brought them up at the beginning of the career, still with the first record company (the classic Polydor), and I think this made the fans get roped to the first releases. In Land, the Jive bet on a most popular sound at that epoch. The singles from this album were very well received. A new version to Independence Day (and better, for me of course) with a video (you can find the video here, with a low quality but stills good). Will You Stay Tonight? was a single too, it's the open song, a good choice by the way. We can perceive the new wave present in the disc. Island Heart is one of the best songs (maybe the best!) with a beat that invites you to don't stay quiet.
From Will You Stay Tonight? to As Above, So Below (highlight to the bass line in this one!), there's only very great songs. There's no bad song. Maybe Alicia (Can You Hear Me) could be in the last position but no less worthy. It took a long time to get attached to I Know That Feeling, but today I can appreciate it in all its retiring but no less attractive beauty. This is another song with an interesting bass line. Mister Memory is another great song I always listened to on Underground 80s radio.
This disc is between this transition from post punk to new wave and I believe this is just the reason why I liked it so much. They were looking for a new sound, but without putting post-punk aside. This made them produced songs between these two styles and this was just great!
The Comsat Angels is another lost band from the 80s. I really really think that this guys should receive more attention (like songs in the song streaming platforms!). As The Chameleons, they were cited as the main influence to the revival post punk bands like Editors and Interpol.
As I said before, most of the band's fans don't consider this album one of the best, but the debut album of '80 (Waiting For A Miracle) and their second album of '81, the great Sleep No More. For me it's the best... Maybe this position can be threatened by Sleep No More but that's a subject for another post...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Sixtieth Parallel - Into Bliss 12" EP
Passionately Deep is a charming song with a melody that captures all the atmosphere from this title. Trust was my first passion. This song beat is a invite to the dance floor. I hummed this chorus for a long time.
All the songs here deserves a highlight, but One Day definitely catches my attention. Listen to this song loud takes me back to that time, makes me miss what I haven’t even lived. This is a 80s sound. I will owe you the name of the beautiful voice that sings in the chorus, but I’ll point out this great voice too, that given an additional charm to the song.
If you guys has any doubt about the drums, listen to the EP title track. And of course, I’ll not forget of Like Dust, a Passion Puppets cover. I would venture to say that it’s better than the original song. In Damien’s words (yeah, he appeared on the internet and had commented some YouTube’s band videos), they were young and thought that would be good record this song.
Well, enjoy this 80s gem!
domingo, 4 de outubro de 2020
The Chameleons - Script Of The Bridge (1983)
Eu devo ter morrido umas 1000 vezes. Essa é apenas uma das frases presentes neste grande disco desta que, para mim, está entre as bandas mais subestimadas do pós punk dos anos 80. E nas próximas postagens virão mais algumas (algumas já foram postadas aqui, aqui e aqui). O Chameleons surgiu em Manchester, Inglaterra. O país berço do pós punk. Mas ainda assim poucas pessoas sabem o que foi, é, e será este disco para o pós punk. Bandas como Editors, Interpol, The National, só pra citar algumas, os tem como uma de suas principais influências. Estas são as mais conhecidas, fora outras tantas perdidas ou esquecidas no mundo que os tem como uma base em sua música.
Comecei a ouvir bastante o Chameleons quando eu iniciei um momento um tanto quanto difícil da minha vida e talvez por isso, este seja um disco que me marca muito. Second Skin é uma canção que quase nunca consigo ouvir e cantar sem que a emoção me leve a molhar os olhos. Less Than Human é um ápice! Digo um porque este disco por inteiro o é. Uma das letras mais profundas deste disco, junto a melodia lenta onde o chorus e o delay invadem toda extensão de seu ser, que se mistura com as batidas fúnebres do John Lever. Essa é de fato uma das músicas em que eles conseguiram traduzir totalmente a letra na melodia, ou a melodia na letra, não sei…
Talvez a característica mais marcante do Chameleons seja o casamento perfeito entre as guitarras de Dave Fielding e Reg Smithies, que definitivamente lhe fazem viajar parado.
Poucas pessoas sabem o quão importante esses 4 caras foram para o pós punk. Lançaram três discos, o What Does Anything Mean? Basically de ‘85 e o Strange Times em ‘86, e apesar de ambos serem grandes discos com ótimas músicas, nenhum deles (para mim, claro) conseguem me chamar tanta atenção quanto este disco de hoje, lançado em ‘83, o Script Of The Bridge. Estava lendo a autobiografia da Kim Gordon e ela diz que “primeiros discos fazem sucesso hoje e sempre porque você não sabe bem o que está fazendo e mesmo assim vai lá e faz”. Isso me chamou a atenção porque quando vou conhecer uma banda, eu sempre busco seu primeiro disco. Foi assim com o Chameleons mas neste caso, discordo da afirmação da Kim Gordon. Acredito que este quarteto sabia exatamente o que estavam fazendo, um som simples e puro para atingir em cheio os ouvidos e a mente daqueles que os ouviriam, eles só não sabiam quão grande seria essa obra. Enjoy it.
The Chameleons:
Mark Burgess (vocais e baixo)
Dave Fielding (guitarras)
Reg Smithies (guitarras)
John Lever (bateria)
The Chameleons - Script Of The Bridge (1983)
01 - Don't Fall 02 - Here Today 03 - Monkeyland 04 - Second Skin 05 - Up The Down Escalator 06 - Less Than Human 07 - Pleasure And Pain 08 - Thursday's Child 09 - As High As You Can Go 10 - A Person Isn't Safe Anywhere These Days 11 - Paper Tigers 12 - View From A Hill
>>> I must have died a thousand times. This is just one of the phrases present on this great album, which, for me, is one of the most underrated post punk bands from the 80s. In the next posts more will come (some have already been posted here, here and here). The Chameleons emerged in Manchester, England. The cradle country of the post punk. But few people know what was, what is, and will be this album to post punk. Editors, Interpol, The National are just some bands that cite them as one of your main influences. These are the best known but surely there are so much around the world that have them as the base for your songs. I started to listen to The Chameleons when I was starting to live a hard time in my life and maybe because of this, this disc marks me a lot. Second Skin is a song that almost never I can listen to and sing without tears in my eyes. Less Than Human is an apex! But of course, this entire record is. One of the most deep lyrics in this album, along with a slow melody where the chorus and delay invade the full extension of your being and mixed up with the mournful beats of John Lever. This is one of the songs they had success in translating the lyrics in melody, or the melody in lyrics, I don't know... Maybe the most memorable feature of The Chameleons would be the perfect match between the guitars of Dave Fielding and Reg Smithies, that definitely make you trip without moving. Few people know how important these 4 guys were to post punk. They released three albums, What Does Anything Mean? Basically and Strange Times (from '85 & '86, respectively), and although both are great albums with great songs, no one of them call me more attention than today's post, released in '83, the Script Of The Bridge. I was reading Kim Gordon's autobiography (Girl in a Band: A Memoir) and she says "first records are successful today and always because you don't know what you're doing and still go there and do it". This calls me attention 'cause when I first listen to a band, I look for the first album. It was this way with The Chameleons but in this case, I disagree with Kim Gordon. I believe that this quartet knew exactly what they were doing, a simple and pure sound to reach the ears and the minds of those who would hear them, they just didn't know how big this work would be. Enjoy it.
Download!!