Weimar Gesang - Even Stone Pales 12" (1984)

Até a pedra empalidece. Uma frase bem contundente para expressar as 4 faixas deste EP. E uma frase que sempre me chamou atenção. O que fariam as pedras empalidecerem? Talvez eles tenham batizado este curto EP desta forma para destacar que as músicas aqui presentes conseguiriam esta proeza. E acertaram em cheio! Essas 4 músicas (digamos que apenas 3, Held Inside Again é quase que uma continuação da primeira faixa (e diga-se de passagem, eles já gostavam de produzir seus discos desta forma: vide Our Silent Growth e o The Colours Of Ice que já foi postado aqui)) são algo diferente do que este grupo apresentou nos trabalhos posteriores. Aqui o trabalho deles está um tanto quanto mais pesado, tem mais darkwave do que new wave. É algo como o ponto de início que culminou no último trabalho lançado em 1986. A estrutura minimalista das músicas foi o que mais me atraiu e atrai neste disco. É algo que você ouve, sabe que são melodias simples, porém transmitem uma atmosfera que você pode quase tocar. Annual Ring lhe transporta numa viagem sonora (vejo claras influências do Cocteau Twins), onde o baixo guia os caminhos em toda a música e isto é algo que eu definitivamente aprecio em bandas. O minimalismo nas batidas é para mim a cereja do bolo. Desde Held Inside a Chantal’s Secret com suas batidas dançantes, não se perdem uma só música. Antes deste EP, a Weimar Gesang havia lançado alguns cassetes, um deles em parceria com a Plastic Trash que também fazia parte da cena underground da Itália (e que também dividiu um lançamento com a Intelligence Dept.). Ao contrário do que é cantado em Annual Ring “nunca é rápido o suficiente”, digo que este EP é, deveras, bem rápido. Pouco mais de 15 minutos de puro minimal e darkwave. Poderiam ser pelo menos o dobro! Enfim, apreciem mais este som.

Weimar Gesang:

Paolo Mauri (baixo, teclados e voz) 

Fabio Magistrali (teclados e programações) 

Giuseppe Tonolini (guitarras) 

Weimar Gesang - Even Stone Pales 12"

A1 - Held Inside 

A2 - Annual Ring 

B1 - Chantal's Secret 

B2 - Held Inside Again 

 >>> Even stone pales. A very very blunt sentence to express this 4 tracks on this EP. And by the way, a sentence that always call my attention. What the heck in this world would make the stones pales? Maybe they have baptized this short EP with this name to show that this songs could do this feat. And they nailed it! This 4 songs (let’s say just 3, Held Inside Again is almost a continuation for the first track (and is relevant say that this guys already like to produce their albuns in this way: just listen to Our Silen Growth and The Colours Of Ice that was post here)) are something different when you compare with the what they presented on their other albums. Here we can listen a more gloomy work, with more dark than new wave. It’s something like the starting point that culminated in their ‘86 work. Their minimal melody was the thing that’s attracted me the most and still attracts me about this record. It’s something that you hear and you know it’s simples melodies, but these songs given’ you an atmosphere that you can almost touch. Annual Ring (with powerful influences from Cocteau Twins) takes you on a musical journey lead by the bass lines in the full extension of this song and it’s something I definitely enjoy in bands. The minimal beats is the icing on the cake. From Held Inside to Chantal’s Secret with your dancing beats. Before this EP, Weimar Gesang was released some cassettes, with Plastic Trash who were also part of the Italy’s underground scene (and who also release a LP with the Intellicende Dept.). Against what is sang in Annual Ring (it’s never fast enough), this EP is a quite fast. A little over 15 minutes of pure minimal and darkwave. It should be at least double! Anyway, enjoy this sound.

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Spina Bifida - Statues D'Ébène (1986)

A Spina Bifida (espinha bífida ou partida) é uma condição que afeta o desenvolvimento da coluna vertebral ainda nos primeiros meses da gestação; mas aqui este nome nos traz um Coldwave obscuro e contundente, um som digno da França. Statues D’Ébène merecia bem mais que apenas 3 faixas. Como grande parte das bandas do cenário underground do pós punk, new wave e suas variantes, essa banda lançou apenas um EP, em ‘86, e encerrou suas atividades em ‘89, tendo dois dos membros retornado em ‘93 com um projeto de industrial/EBM chamado apenas Spina. Segundo o Phoenix Hairpins, eles fizeram alguns shows ao longo de sua existência, dentre os quais, abrindo para bandas como a Jad Wio. 

A faixa que dá nome a banda é uma melodia sombria e angustiante (as notas da guitarra definem bem este termo para mim). A forma com que a letra da música é proferida, de uma forma um tanto quanto fantasmagórica, complementa o panorama desta música. É uma canção digna para rolar ao fundo de performances teatrais dentro das mais variadas temáticas, inclusive a gótica. Renaissance Du Froid foi minha primeira obsessão deste EP; uma faixa que traz uma sonoridade pós punk (que já está nas minhas “discotecagens”), com o baixo marcante e com os ruídos e distorções da guitarra que se completam. Statues D’Ébène é a menos obscura do EP, mas nem de longe uma canção evitada. O ruim deste EP é que ele acaba. Enfim, apreciem mais este som perdido dos 80s.

Spina Bifida:

Jean Renau

Bruno Bares

Laurent Paris

(Se tiverem informações sobre os instrumentos, por favor entrem em contato/if you have some information about the musical instruments please contact me)

Spina Bifida - Statues D'Ébène (1986)

01 - Statues D'Ébène

02 - Spina Bifida

03 - Renaissance Du Froid

>>> The Spina Bifida is a birth condition that affects the spine and the spine cord causing malformation; but in this today’s post this name bring us a very blunt and osbcure sound, a sound worthy from France. Statues D’Ébène deserved a way more than 3 tracks. Like most underground post punk, new wave and its variants, this band just release an EP in ‘86 and finish your works at ‘89. Two members came back in ‘93 with a EBM/industrial project called just Spina. According to the Phoenix Hairpins, they played some gigs and opening for bands as Jad Wio. 

 The track that inspire the band’s name is a dark and anguish melody (the guitar notes define so well this term for me). The way the lyrics are uttered, a form just as ghostly, complete the song scenario. Is a song worthy of being background music in theatrical performances of the most varied themes, including the gothic. Renaissance Du Froid was the first obsession; a post punk sonority, with an outstanding bass line mixed with the guitars noises and distortions. Statues D’Ébène is the less obscure track but not by far an avoided song. The bad part of this EP is that it ends. Well, just enjoy this lost sound from the 80s.

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Dick Tracey - Talkin' Bout The Future (1986)

Bem, esta é uma banda que não se encontra praticamente nenhuma informação pelos becos obscuros da internet. Mas p#$&*, eis aqui uma sequência de canções que não deixam nada a desejar aos grandes nomes do New Wave da década de 80. Vamos colocar de outra maneira. Eu diria que poderiam me apresentar essa banda sob um nome famoso e dizer que este era um álbum perdido que eu facilmente acreditaria. Posso estar exagerando e provavelmente esteja; e provavelmente eu irei fazer isso com muitas outras bandas que conhecerei ao longo da minha existência mas este é, de fato, um ótimo disco.

Esta banda foi formada no início dos anos 80 na Filadélfia (obrigado Discogs!!!) pelo George Karras quando deixou a banda Dancer. Junto a ele se reuniram o tecladista Jeff Ragan e a ex-modelo Debbie Kaplan (que diziam ser parecida com a Joan Jett, cantora e atriz que alcançou o auge nos anos 70).

Crashing Into Love me fez pensar que esta seria talvez uma banda com uma sonoridade voltada mais ao darkwave mas ao ouvir a faixa título do disco, você já olha ela com outros olhos. Slave For Nothing é uma música mais parada mas  não menos estimada. Waiting Just For You e E.S.P. são duas ótimas músicas retratando bem o new wave da banda. With Or WIthout You é uma ‘baladinha’ romântica daquelas que ficam mesmo na cabeça (bem, ficou na minha pelo menos) e nela a Debbie Kaplan mostra que além de dividir as letras com o George, ser modelo e baixista, tem também uma bela voz. Basic Combination. Essa música lhe tira realmente toda a vontade de querer ficar parado e sair dançando pela casa/garagem/pararocarronomeiodaruaaumentarovolumeesairparadançar. Além da batida, eu diria que ela tem também tem um ótimo instrumental, simples mais envolvente. Sem mais, apenas apreciem mais este som perdido dos 80s.

Se alguém tiver alguma foto da banda, enviem para mim. Agradeço desde já.

Dick Tracey:

George Karras (guitarras e vocais)

Jeff Ragan (teclados e vocais)

Debbie Kaplan (baixo e vocais)

Scott Stewart (bateria)

David Uosikkinen (bateria, faixa 8)

Dick Tracey - Talkin' Bout The Future (1986)

01 - Crashing Into Love

02 - Talkin' Bout The Future

03 - Slave For Nothing

04 - Waiting Just For You

05 - E.S.P.

06 - With Or Without You

07 - Basic Combination

08 - Recommended Crime

>>> Well, this is not a band that you see in every alley of the internet. But f&¨@, this is really a sequence of songs that leaving nothing to desire to the great New Wave’ bands from the 80s. Let’s put it another way. I would say that anyone could introduce this band to me just saying that it’s a lost album by a great famous band and I would easily believe it. Maybe I’m overreacting and probably I am; and probably I will keep doing this with many other bands that I’ll know thoughout my life but this is a great album, indeed.

This band was formed in the early of the 80s at Philadelphia (thanks Discogs!!!) by George Karras when he left the band Dancer. The keyboardist Jeff Ragan and the ex-model Debbie Kaplan (some people said that she’s a Joan Jett lookalike).

Crashing Into Love makes me wonder in a darkwave influenced band but when you heard the title track, you start to think in another way. Slave For Nothing is a slow song but not least estimated. Waiting Just For You and E.S.P. show very well the new wave of the band. With Or Without You is more a romantic song that stick in your mind (well, stayed in my head at least) and you can see that Debbie Kaplan besides being an ex-model, co-songwriter and bassist, she have a very beautiful voice. Basic Combination. This song takes away all you will to stand still and makes you want to start dancing in the house/garage/stopthecarinthemiddleofthestreetpumpupthevolumegetoffthecarandstartdancing. Besides the great beat, I would say that this song have a great instrumental, simple but touching. No more words, just enjoy this great sound.

If anyone have some band photo, send me! Thank you in advance.

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Monuments - Age (1984~2013)

Bem, já comentei sobre desta banda uma outra vez aqui no blog com a promessa de que postaria ela algum dia. Quase 6 anos depois eu vos apresento ela.

A Monuments foi fundada também em Turim, assim como a Chromagain (que já apareceu aqui no blog) e Tommy De Chirico, outro artista da cena new wave italiana. A banda foi fruto da banda new wave Tecknospray onde Mauro Tavella e Andrea Costa já compartilhavam seus interesses sonoros que, com o fim da banda, convergiram para a Monuments. O som que este duo fazia era algo original e peculiar a meu ver. Tinham claras influências do Kraftwerk e produziam seu som apenas com sintetizadores monofônicos e a ajuda de alguns computadores. Em 1984 lançaram o mini-LP Age com 6 músicas ambas presentes aqui neste relançamento da Mannequin (que já tem um histórico de relançamento da cena italiana como a Chromagain, Intelligence Dept., Move e algumas coletâneas de bandas do industrial ao minimal) e em 2015 lançou também o From The Future: The 1982-1983 Tapes que contém músicas gravadas no estúdio particular da banda. Age vendeu cerca de 1500 cópias que, diga-se de passagem, para uma banda da cena underground naqueles tempos é um ótimo número. Fizeram cerca de 400 shows pela Itália, Alemanha e França e em um deles eles representaram a nova música italiana na primeira Bienal do Mediterrâneo em Barcelona no ano de 1985 (infor. da wiki).

Eu destaco aqui Oblivion (que neste relançamento é grafada como Oblivious) e Veiled Lady, uma das canções que foram gravadas na época do lançamento do mini-LP (juntamente com The Seals) mas não apareceram nele e que possui uma melodia contagiante. Veiled Lady foi lançada no primeiro volume da coletânea Danza Meccanica - Italian Synth Wave e foi gravada anteriormente sob o nome de Violet Lady. Clock’s Room é um dos pontos fortes deste disco também, sempre achei ela uma música estranhamente bela. Geisteskrankheit foi a primeira que ouvi e faz jus ao nome; de longe uma das melodias mais belas e perturbantes do disco. Na verdade, todo o disco é de destaque. Este disco é uma verdadeira preciosidade da new wave italiana. Àqueles que gostarem de new wave e minimal, esse som é um prato cheio. Enjoy it.

Monuments:

Andrea Costa (vocais e sintetizadores)

Mauro Tavella (programações e sintetizadores)

Monuments - Age (1984)

01 - Oblivion

02 - Herz Von Samt

03 - S.A.L.T.

04 - The Seals

05 - Clock's Room

06 - Ice Age

07 - Geisteskrankheit

08 - Veiled Lady

>>> >>> Well, I’ve already talk about this band once in blog with the promise that I’ll post something about some day. Almost 6 years later I show you them.

Monuments was founded in Turim, as well as Chromagain (that appears here in the blog) and Tommy De Chirico, an artist of the italian new wave scene. The band was the result of the new wave band Tecknospray which Mauro Tavella and Andrea Costa already sharing their sound interests that converged to Monuments with the end of the band. The sound this duo made was something original and peculiar in my opinion. They have strong influences of Kraftwerk and produced their sound just with monophonic synthesizers and the help of some computers. In 1984 they released a mini-LP called Age with 6 songs present here in this Mannequin’s re-release (which already has a history of re-releases from the italian scene like Chromagain, Intelligence Dept., Move and some compilations of industrial/minimal/new wave bands) and in 2015 was also release the From The Future: The 1982-1983 Tapes LP which contain some songs recorded in their own studio. Age sold 1500 copies that was a great number to an italian underground band. They played about 400 concerts in Italy, German and France and one of this shows they represented new italian music at the first Mediterranean Biennial in Barcelona, 1985 (info from wiki).

I point out here Oblivion (in this re-release is written as Oblivious) and Veiled Lady, one of the songs that was recorded at the Age’s time but was not released (with The Seals) and have a contagious melody. Veiled Lady was released at the 1st volume of the compilation Danza Meccanica - Italian Synth Wave and was previous recorded with the name of Violet Lady. Clock’s Room is one of the greatests of this album, I always see it like a strangely beautiful song. Geisteskrankheit was the first song I’ve listen and lives up to the name; by far one of the most beautiful and disturbing melody. All the songs deserves a highlight. This album is a really jewel of the italian new wave. For those who like new wave and minimal, this sound will be great to your ears. Enjoy it.

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Nouvelle Phénomène - Glory of Romance (2013)

Nouvele Phénomène, do francês, Novo Fenômeno. E, na minha humilde opinião, não deveria ser outro o nome deste verdadeiro fenômeno, algo raro e surpreendente, e justo por isso que esta banda me chamou tanto a atenção. Essa banda sintetiza literalmente o que há de melhor nos 80s. Digo, o que há de melhor no minimal, coldwave, synthpop... Nos primeiros momentos deste disco que vos trago hoje, já percebemos a pesada influência do minimal nas canções. A voz doce e sexy das meninas Angela e Fanni S. que embebedam seus ouvidos cantando canções sobre luxúria, romances perdidos, mágoas, etc., junto as notas dos sintetizadores de Zsolt Dziba que lhe fazem sentir falta dos dias em que nem viveu. Au Fond De Mon Coeur e Secret abrem o disco com estas características acima. Cruel Game foi a primeira canção da banda que ouvi. Amor a primeira 'escuta'. Nela ouvimos algo que nos remete ao coldwave, com aquela batida que faz o corpo não querer ficar parado. Glory of Romance é uma das grandes do disco, não poderia ser diferente para carregar o nome do álbum. Como Cruel Game, essa canção carrega a veia do coldwave. Aliás, em todo o lado B deste disco está bem audível toda a influência, do synthpop ao coldwave, dos 80s. Caresse e Stay With Me são canções que permanecem tocando em sua mente mesmo depois de já terem terminado. Caresse já está na minha pasta de discotecagem desde a primeira audição. Stay With Me é uma música que me faz se sentir feliz por estar vivo. Lhe manda direto para os tempos áureos dos anos 80, quando explodiam as bandas de maiores nomes do Synthpop da década nas discotecas em todas as partes do globo. No mais, abaixo se encontra o link para que vocês possam se deliciar com este álbum. Apreciem, gritem e espalhem este som aos quatro ventos. Da Hungria para o mundo.

Nouvelle Phénomène:

Angela S. (vocais)

Fanni S. (vocais)

Zsolt Dziba (programações, sintetizadores e teclados)

Nouvelle Phénomène - Glory of Romance (2013)

01 - Au Fond De Mon Coeur

02 - Secret

03 - Cruel Game

04 - All Away
05 - Glory Of Romance
06 - Caresse
07 - Hello Michel
08 - Stay With Me

>>> Nouvelle Phénomène, of french, New Phenomenon. In my humble opinion there’s no name for describe better this phenomenon, something rare and amazing, and this is why this band called me so much attention. This band synthesizes the best of the 80s. I said, the best in the minimal, coldwave, synthpop... The first moments of this album, we can see the influence of the minimal in the songs. The sweet and sexy voice of the girls Angela and Fanni S. that drunk your ears singing songs about lust, lost romances, heartaches… Together with the synthesizers notes of Zsolt Dziba that make you miss the days you never lived. Au Fond De Mon Coeur and Secret open the disc with this last characteristics. Cruel Game was the first one I’ve heard. Love at first listen. We can hear something that bring us to the coldwave, with the beat that makes the body don’t stay quiet. Glory of Romance is one of the greatest songs from album and couldn’t be in other way to give the album’s name. Like Cruel Game, this song have an amazing coldwave sound. Moreover, in all the B of this album is very audible all influence, from the synthpop to coldwave from 80s. Caresse and Stay With Me are songs that stay in your mind even after have finished. Caresse is already in my DJing folder. Stay With Me is a song that makes me feel happy to being alive. A song that sends you straight to the heydays of the 80s, when the biggest synthpop bands are in constantly play in the discoteques around the world. There’s a linkbelow is the link so you can be delighted with this record. Enjoy, yell and spread this sound. From the Hungary to the world.

Download?!

Martin Dupont - Hot Paradox (1987)

A primeira impressão que tive dessa banda não foi tão boa. Acho que o vocal me era estranho. Há alguns anos atrás esse som não me parecia tão bom aos ouvidos... Não como hoje. Não demorou muito até me afeiçoar a música. Quando ouvi Inside Out, a batida rapidamente me contagiou. Independentemente de qualquer outra coisa, eu precisava escutar mais músicas daquela banda.

Assim conheci o Hot Paradox. Um synthpop mesclado com coldwave e elementos do minimal. Uma bateria programada; ora simples, ora complexa; em meio a loops. Teclados e sintetizadores nos mais variados efeitos e formas preenchendo as músicas. Vocais variando entre a estranha, mas agradável voz de Brigitte Balian e a voz grave de Alain Seghir. O clarinete e o sax completam os efeitos nas canções. E a cereja do bolo: uma banda da França, da cidade Marseilles.

Este álbum possui uma das capas mais exóticas que eu já vi. He Saw The Light foi o primeiro vício, justo por aquela batida que te transmite aquela vontade de não ficar parado. Full Moons And Mouths idem; mas com uma batida um pouco mais complexa. Para os fãs dos 80s e em especial do coldwave, synthpop ou minimal essa banda será um prato cheio. No arquivo encontra-se a versão do CD.

Martin Dupont:

Allain Seghir (vocais, sintetizadores, samplers e programações)

Beverley Jane Crew (backing vocals, clarinete, sax e teclados)

Brigitte Balian (vocais)

Martin Dupont - Hot Paradox (1987)

01 - Full Moons And Mouths
02 - Hot Paradox
03 - My Analyst "Assez"
04 - Pressure
05 - Berlin Wall
06 - He Saw The Light
07 - Inside Out
08 - I Never Tried
09 - Where To Find It
10 - Like A Lion
11 - Hidden In Side
12 - Andreï Roublev (Vocal)
13 - Dominus Vobis Cum
14 - Love On My Side

>>> The first impression I had of this band isn’t so good. I think the voices were strange. A few years ago this sound is not so good to my ears… Not as nowadays. It didn’t take long for me and I get attached myself to their music. When I heard Inside Out, the beat rapidly infected me. Regardless of anything else, I needed to listen more songs of that band.

So I knew the Hot Paradox. A synthpop mixed with coldwave and minimal elements. A programmed drums; sometimes simple, sometimes complex; with some loops. Keyboards and synthesizers with the most various effects and forms filling the songs. Vocals ranging from the strange sweet voice of Brigitte Balian and the ‘bass’ voice of Alain Seghir. The clarinet and sax complete the effects line up. And the icing on the cake: a French band from Marseilles.

This album have one of the most exotic front covers I've ever seen. He Saw The Light was the first addiction, ‘cause that beat will make you not stand still. The same to Full Moons And Mouths. The 80s fans and those who like of coldwave, synthpop and minimal sounds will really really like this band. This is the CD version of this album. Enjoy it!

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Weimar Gesang - The Colours Of Ice EP (1985)

Há muito tempo vinha querendo compartilhar este som aqui no blog mas me faltava uma inspiração para escrever sobre esta ótima banda. O que temos aqui é um synthpop/minimal de qualidade ou ainda, se preferir, coldwave. A Itália mais uma vez não deixando nada a desejar em termos sonoros, em relação as demais produções da época. Com ritmos e teclados bem trabalhados junto a guitarra e o baixo que se encaixam perfeitamente ao som produzido. Esta é a Weimar Gesang.

"Deceit" abre o EP, transmitindo um certo tipo de angústia, dando uma 'visão' sonora de como serão as coisas nas próximas faixas. "Like In A Mirror" foi a faixa que me apresentou a banda há alguns anos atrás, música digna de ser executada em festas temáticas em todo o mundo. "One Promise Less" me remete ao The Cure na época do Pornography, com uma melodia um tanto pesada. No mais, esta banda não deixa nada a desejar aos amantes do synthpop, coldwave e etc., sendo mais específico, aos amantes do The Cure, New Order, Depeche Mode, etc. Este curto EP foi lançado em '85 e foi o terceiro trabalho lançado pela banda (um outro EP e um cassete anteriormente); ainda foram lançados outros dois após este (No Given Path e Is It A Crime), mas devo admitir que entre todos este é o melhor (para mim, claro). Apenas apreciem este ótimo som.

Weimar Gesang:

Paolo Mauri (baixo, teclados e vocais)

Fabio Magistrali (teclados e programações)

Giuseppe Tonolini (guitarras)

Weimar Gesang - The Colours Of Ice EP (1985)

01 - Deceit

02 - Like In A Mirror

03 - Melt Your Sight

04 - One Promise Less

05 - Torn Envelope

>>> A long time ago I’ve been wanting to share this sound in the blog but I lacked inspiration to write about this great band. We have just here a synthpop/minimal with a great quality, or yet coldwave. The Italy again leaving nothing to be desired in therms of sound, in relation with other 80s productions. With a well-crafted rhytms and keyboards together with the guitars and bass that fit very well with the sound. This is Weimar Gesang.

“Deceit” open the EP, transmitting a kind of anguish, giving a sound 'vision' of how will be the things in next tracks. “Like In A Mirror” was the song that introduced me to band a few years ago, a song worthy of being performed in theme parties around the world. “One Promise Less” makes me remember The Cure in Pornography era, with a ‘heavy’ melody. The lovers of synthpop, coldwave and others 80s sounds will be like this band, and more specifically, the lovers of The Cure, New Order or Depeche Mode. This short EP was released in '85 and was the third band released (previously was an EP and a cass); yet been released two other EP's (No Given Path & Is It A Crime) but I think this is particularly better than others. Just enjoy this sound.

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Intelligence Dept. - Sleeping City (1984~2011)

Esta é uma banda daquelas que você quer que todos conheçam. O que temos aqui é um synthpop/new wave de qualidade, mesclado com o minimal wave e o coldwave, sem deixar nada a desejar em relação a qualquer outra banda synthpop ou new wave que você conheça, ou até mesmo as coldwave da França. Um elemento que quero destacar aqui é, sem dúvidas alguma, o uso do sax alto; digo, o ÓTIMO uso do sax em todas as músicas! Acho que nenhum outro instrumento teria se encaixado tão bem com a sonoridade da Intelligence Dept.. Outro fator que diferencio aqui é o também ótimo uso do contra baixo que é muito bem trabalhado junto as notas dos sintetizadores, que ao contrário de algumas bandas usam os sintetizadores para sonorizar o mesmo, e da bela voz. Esqueci de mencionar a origem desta banda, da cidade de Ferrara na Itália, que também presenteia/presenteou ótimos sons para o mundo (The Frozen Autumn, Chromagain, Weimar Gesang).

Esse disco foi mais uma parceria entre a Annalogue Records e a Mannequin Records que já estiveram presentes com a Chromagain no Any Colour We Liked. Foi reunido os dois cassetes lançados pela banda em '84 e '85, Sleeping City e The Big Trouble respectivamente, junto a 4 faixas gravadas ao vivo na Arena Nuovo na sua terra natal em '85, entre elas duas totalmente desconhecidas : Nice Faces e Black Widow.

Destaco aqui Sleeping City que desde o início já se nota o belo uso do sax alto, a bela voz da Sussana Zaghi. Too Late To Love é perfeita do início ao fim, música simples porém marcante. Sister Europe é uma versão cover fodástica do The Psychedelic Furs, trocaram as guitarras pelos sintetizadores, deram uma nova cara ao baixo e resultou nesta bela versão. Nas canções do segundo cassete podemos perceber uma certa diferença na sonoridade, algo mais new wave menos minimal, porém também não se deixa nada a desejar. Não há nenhuma para se destacar, todas são dignas de serem repetidas diversas vezes em sua mente. Sleeping City, Too Late To Love e Anger Inside apareceram na compilação de '84 chamada "A White Chance"; Loneliness apareceu na compilação "Danza Meccanica - Italian Synth Wave 1982-1987". A banda ainda está em atividades nos dias de hoje. Deliciem este som perdido dos 80s.

Intelligence Dept.:

Sussana Zagui (vocais)

Davide Carlotti (sax alto e sintetizadores)

G. Paolo Di Federico (teclados e drum machine)

Stefano Panzera (baixo)

Intelligence Dept. - Sleeping City (1984~2011)

Sleeping City (1984)

01 - Sleeping City

02 - Too Late To Love

03 - Loneliness

04 - Anger Inside

05 - Sister Europe

The Big Trouble (1985)

06 - Gravity

07 - Intelligence Dept.

08 - Chains

09 - Where Are You

Sleeping City (2011)

10 - Nice Faces (live)

11 - Black Widow (live)

12 - Too Late To Love (live)

13 - Sleeping City (live)

>>> This is one of those bands you want that everyone know about your existence. What we have just here is a quality synthpop/new wave, mixed with elements of minimal wave and coldwave, leaving nothing to be desired in relation with any other synthpop or new wave band you know, or yet the coldwaves from France. An element that I want to call attention here is, undoubtedly, the use of alto sax; I said, the GREAT use of alto sax in all songs! I think any other instruments would have fit so well with the Intelligence Dept. sonority. Other factor that I call attention is the great use too of bass, worked very well together with the chords sounds of synthesizers, unlike other bands that use the synthesizer to perform the bass, and the beautiful voice. I forget to say about the hometown of this band, from Ferrara, Italy; the same Italy that give to world great sounds like The Frozen Autumn, Chromagain, Weimar Gesang.

This album was one more association between Annalogue Records and Mannequin Records that reissued the Chromagain mini-lp with other tracks in the Any Colour We Liked. In this was reunited two cassette tapes released in '84 and '85, Sleeping City and The Big Trouble respectively, with 4 live tracks recorded at Arena Nuovo in '85, two of this is totally unknown: Black Widow and Nice Faces.

I enphasize here Sleeping City in which from the beggining we see the great use of alto sax, and the beautiful voice of Sussana Zaghi. Too Late To Love is perfect in all of the 6:01 minutes, a simple song but excellent. Sister Europe is a fucking great version of The Psychedelic Furs, they change the guitars to synthesizers, gave a new "face" to the bass and results in this perfect version. In the second cassette songs we can see a other sonority, more new wave and less of minimal, but leaving nothing to be desired too. There's no one to call attention about, all are worthy to be repeated several times in your mind. Sleeping City, Too Late To Love and Anger Inside appears in the '84 LP compilation "A White Chance"; Loneliness appears in "Danza Meccanica - Italian Synth Wave 1982-1987" compilation. The band keeps the great work in nowadays. Just enjoy this lost sound from 80s.

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Near Paris - Near Paris 12" EP (1985)

Mais uma banda estadunidense, da cidade de Columbus, Ohio. E mais uma das bandas que eu lamento por terem lançado apenas um EP, e com apenas 4 músicas! Faziam um som na linha do new wave/synthpop e foram bem populares na cena alternativa de Columbus durante a época em que existiram. Tocavam em galerias de arte e outros locais ligados a arte de alguma forma. Neste ano, através da parceria entre a Medical Records e o blog Crispy Nuggets foi lançado um LP contendo as faixas deste EP e outras que também foram gravadas na época mas não foram lançadas. Em Outubro de 2012, Gerald F. Nelson morreu antes mesmo de ter sido completada a produção deste LP.

Near Paris:

Dana Riashi (vocais, sintetizadores)

Gerald F. Nelson (programações, sintetizadores e vocais)

Near Paris - Near Paris 12" EP

01 - Visions
02 - Shattered Glass
03 - Ceiling
04 - Believe Me

>>> One more USA band, from Columbus, Ohio. And one more band that I regret having released just one EP, and with only 4 tracks! They made a sound in the new wave/synthpop line and were popular in the alternative scene from Columbus during the band's existence. They played in art galleries and other art venues linked in some way. In this year, by a partnership between Medical Records and Crispy Nuggets blog was released a LP containing the EP tracks and other that was recorded in same time but not released. October 2012, Gerald F. Nelson passed away even before the production of LP has been complete.

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Chromagain - Any Colour We Liked (1985~2011)

O Chromagain foi uma banda de Synthpop/Darkwave/Coldwave fundada na cidade de Turim, Itália. Seu som era similar ao de outras bandas e cantores da época também da Itália (Weimar Gesang, Monuments) que postarei algum dia aqui no blog. :] Faziam um ótimo uso dos seus sintetizadores/drum machines (a Roland TR-808) e demais instrumentos, produzindo um som digno da década de 80, sem deixar nada a desejar. Infelizmente, só lançaram um mini-lp: o Any Colour You Like, pela Supporti Fonografici, gravadora que lançava bandas da cena alternativa na Itália. Outras gravações da banda foram lançadas em algumas compilações ("Tracce", 1984; "TiDicoDemo", 1985). Em 2011, uma associação entre as gravadoras Mannequin e Anna Logue da Alemanha, re-lançaram o mini-lp acompanhado de algumas faixas extras e demos, denominado Any Colour We Liked.

O que posso destacar a respeito desta banda, são as programações que, sempre que ouço, penso como era possível fazer algo assim naqueles tempos mesclando os sintetizadores com as drum machine. Não há muito o que falar sobre a Chromagain, um dos mais brilhantes synthsounds que já ouvi, perdida dos anos 80 que não obteve um sucesso suficiente para continuar produzindo o excelente som que faziam.

Chromagain:

Davide Bassino (vocais)
Luca Pastore (baixo, guitarra, sintetizadores)
Silvio Ferrero (teclados)

Chromagain - Any Colour We Liked (1985~2011)

Any Colour You Like (1985)

01 - Satisfied
02 - Spot
03 - Killing Dome
04 - After The Clouds
05 - Season Of Steel

Any Colour We Liked (2011)

06 - Wake Up

07 - Ethnicbox

08 - Spot (Whistle)

09 - Season Of Steel (Dub Instrumental)

10 - Sometimes (Demo)

11 - Killing Dome (Demo)

12 - I Walk In The City

13 - Hertzdance

>>> Chromagain was a Synthpop/Darkwave/Coldwave band from Turim, Italy. Their sound was similar to other bands from Italy (Weimar Gesang, Monuments) that I'll post some day here in blog. :] They did a great use of your synthesizers/drum machines (Roland TR-808) and other instruments, producing a dignified sound of the 80s, leave nothing to be desired. Unfortunately, they release only a mini-LP: Any Colour You Like, by the Supporti Fonografici, label that released the bands of italian alternative scene. Other recordings of Chromagain were released in some compilations ("Tracce", 1984; "TiDicoDemo", 1985). In 2011 an association between the labels Mannequin e Anna Logue from German, released the mini-lp accompanied by some extra tracks and demos, named Any Colour We Liked.

There's no much to say about Chromagain, just another band of the 80s who did not achieve a successful enough to continue producing the great sound they made.

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