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sábado, 7 de setembro de 2019

Latromodem - 11onze (2009)


De tanto buscar por algo sobre essa banda e achar tão pouca informação sobre.

Eis aqui um dos grandiosos sons da cena dark underground que foram produzidos na primeira década deste século no Brasil. Na época do lançamento deste disco, eu ainda era novo… tava apenas a 10m de profundidade da ponta do iceberg musical que foi o universo gótico para mim. Porém, ouvindo o som deles hoje, posso imaginar como os mais antigos quando ouviram (e viram) ao vivo essa banda ficaram a pensar. Lembro na edição de 2009 da Subterrâneo Gothic Rave (que foi de fato o primeiro evento do meio gótico que eu tive o prazer de presenciar), esta era uma das bandas mais esperadas. Eu havia ouvido um pouco do som deles neste disco de hoje, mas não tinha conseguido assimilar o naipe que este som estava. Então chegou o dia, eu lembro de estar deitado numa das torres do Castelo do Alemão e entrou algumas pessoas que não conhecia falando “vai começar o show do Latromodem”. Eu estava totalmente bêbado e cansado. Permaneci deitado; foi quando comecei a ouvir um som, que para mim a sensação eu descrevo como algo perto do surpreendente, pensava que alguém estava discotecando algum som (e dos bons!) e não dei atenção, até que depois de umas três músicas percebi que era de fato uma banda tocando e então, me veio a mente o cara anunciando que o show do Latromodem ia começar. Até hoje, me arrependo amargamente de não ter reunido forças e ir até o palco dentro do castelo para poder apreciar esta arte. Lembro que depois do show, haviam pessoas comentando sobre e era unânime em suas faces o semblante de surpresa; de algo do tipo “porra, não acredito no que vi”. E agora, ouvindo ao 11onze, posso entender o porquê de tudo aquilo. Não vou destacar aqui nenhuma canção por que não dá. Este disco é de fato algo totalmente descomunal. Foi algo que ninguém estava esperando e apenas os atingiu em cheio. Entre as letras ricas em um lirismo profundo e toda a melodia pesada, intensa; o público que estava ali então pôde observar toda a influência da música dark dos 80s, música essa que era a principal causa da união de tantas pessoas naquela noite. Gótico, pós punk, synthpop (por que não?)... tudo reunido em um único míssil sonoro indo de encontro as mentes ali presentes. Neste evento, ainda pude assistir pela primeira vez o Plastique Noir e um show memorável da Les Enfants, mas isto vai ser assunto para outra postagem…
Lançaram ainda o álbum Elizabeth em 2010 e após a saída de Robson, foi lançado o III.

Latromodem:

Robson "Sinistro" (voz)
André Araújo (guitarras e programações)

Latromodem - 11onze (2009)


01 - Lamento
02 - Das Sombras
03 - A Última Canção
04 - Dejetos do Nada
05 - Pesadelo
06 - Hollow Hills [Bauhaus cover]
07 - Calafrios
08 - Medo Mortal
09 - Solstício
10 - Alma de Brinquedo
11 - Lágrimas

>>> I had searching so much for informations about this band and never find anything... that's the reason why of this post.
Here is one of the most majestic sounds from the underground dark scenario that was made in the first decade of this century in Brazil. Back in the year of this release, I was young... I was just at 30ft deeply from the top of the musical iceberg that was the gothic universe for me. But listening to their sound in nowadays, I can imagine how the older ones had feeling about their sound when saw it live. I remember the 2009 edition of the Subterrâneo Gothic Rave (which was in fact the first ever gothic event that I had the pleasure of witnessing), Latromodem was one of more expected bands. I've heard some songs from this today's album, but had not been able to assimilate how grandiose this sound was. So the day has come, I remember I was laying down in one of the towers of the castle (place of event) and some people I don't knew just come inside the tower and tell that "the Latromodem' show is about to beggining". I was tottally drunk and tired. I remained lying down. And so I start to hear some sound and I remember thought "wow this is great". I thought someone was DJing and I giving no attention. After the second or third song I recalled the guys telling about the Latromodem show. I still regret not getting up and going to the stage to watch the show. I remember after the show, saw some people talking about it and in their faces was unanimous the look of surprise, like "I don't believe what I just saw". And now, listen to the 11onze, I can understand why people had that look. I'll not point out none of this songs because it's kinda impossible. This album is something totally smashing. It was something that people didn't expect and just hit them hard. Between the lyrics rich in lyricism and all the dark and dense melody, the audience could see the 80s gothic/post punk influence, and this influence was the main reason of the public had united at that event. I still could watch my first show of Plastique Noir and a memorable show of Les Enfants, but this is a topic for another day...
They release in 2010 an album called Elizabeth and after Robson left the band, was released the III.

Download!!



sexta-feira, 26 de junho de 2015

Segundo Inverno - Segundo Inverno EP (2009)


Uma banda que conquistou e ainda conquista espaço na cena underground do Brasil. Buscando suas influências no minimalismo do post-punk e mesclando com doses experimentais que variam de acordes ‘sujos’ nas guitarras a teclados simples, mas que ganham destaque dos demais instrumentos. Conheci esta banda em meados de 2010 através do seu segundo EP O Homem dos Olhos Cinzas e este EP há uns 2 anos e desde então ele está sempre presente em meus setlists.
Vermelho é uma poesia um tanto abstrata, me remete a luxúria. Viver e Morrer é um dos vícios sonoros (para mim, claro) desse EP (aquela guitarrinha repetindo as simples notas); a letra me remete a um rapaz de coração quebrado e angustiado pelo um desafeto amoroso. Melancolia é uma poesia um tanto quanto obscura sobre as inúmeras fases de uma melancolia, a perseguição de uma melancolia...
A banda hoje trocou a bateria programada por uma bateria acústica e, até onde sei, continua em atividades. Enjoy it!

Segundo Inverno:

Dennis 80's (vocais, guitarras)
Renato Andrade (guitarras, backing vocal)
Coy (baixo)


01 - Vermelho
02 - Viver e Morrer
03 - Lembranças de Uma Noite Fria
04 - O Inimigo Tem Sempre Mais Armas Que Você
05 - Melancolia
06 - Lígia

>>> This band conquered and still winning attention in the Brazil underground scene. With influences from the post-punk minimalism and mixing with some experimental doses of heavy guitars and simple keyboards, but this doses stand out among the other instruments. I met this band by 2010 through this second EP called “O Homem dos Olhos Cinzas” and this homonymous EP two years ago and since then is in my setlists.
Vermelho is a abstract poem, makes me wonder in lust. Viver e Morrer is one of the sound addictions (for me, of course) of this EP (the guitar repeating the simple notes along the song); the lyric brings me a boy with heart broken and visibly worry about some love problem. Melancolia is a poem about the numerous stage of melancholy.
Nowadays the band change the programmed drum for the real drum and keep in activity. For those who like post-punk, enjoy it!

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A Banda Invisível - A Era da Percepção (2004)


Uma banda que tenho escutado tanto nos últimos dias que merece o post. A Banda Invisível, a banda que nunca os vi tocar, de fato, mas queria muito poder ter assistido um show de perto. Formaram-se em 1998 unindo a música e a poesia para expressar o mundo oculto, invisível aos olhos. As influências vem direto dos anos 80, principalmente do gothic rock, com melodias fortes que encaixam perfeitamente nas letras ricas em lirismo que abrangem questões como a espiritualidade (Quando As Almas Se Encontram, A Música Invisível e Quando Os Corpos Se Encontram, para bons entendedores as mensagens dessas canções ficarão bem claras), o sofrimento causado pelo apego a matéria e questões sobre a filosofia de vida.
Destaco aqui Quando As Almas Se Encontram que abre o disco, com uma sonoridade agradável e uma pegada um tanto rápida; De Profundis que possui uma introdução simples mas que eu acho foda com o baixo e a bateria, entrando depois a guitarra emanando suas notas; Palavras Vazias, essa é a música! A guitarra ecoa durante toda a música com suas notas que entram em loop na mente, bem como o refrão ("Palavras vazias, a emoção me trai a cada dia, palavras vazias..."); e Quando Os Corpos Se Encontram, definitivamente, é uma canção que vai permanecer pra sempre em minha vida.

"E da luz eterna que surge todos os dias nas nossas vidas, retiramos nossas inspirações...
Tais sentimentos nunca serão percebidos fisicamente... Pois "o essencial é imperceptível aos olhos."

Gravaram duas demos sendo O Essencial É Imperceptível Aos Olhos de '99 e Olhos de 2002. O nome do álbum de 2004 tem uma ótima reflexão, A Era da Percepção; seria o momento de perceber aquilo que está invisível aos nossos olhos? Ao mundo invisível que se apresenta de todas as formas para nós mas não buscamos ao menos tentar percebê-lo? No arquivo contém ainda uma faixa bônus, Sobreviver No Final.

"E por mais que a escuridão permeie-nos
Seremos conduzidos pela nossa luz
E o nosso amor."

A Banda Invisível:

Marcus (vocais e guitarra)
João Paulo (guitarras e teclados)
Maurício (baixo)
Renato (teclado)
Jair (bateria)

A Banda Invisível - A Era da Percepção (2004)


01 - Quando As Almas Se Encontram
02 - Universo Paralelo Reluzente
03 - Caminhos Confusos
04 - De Profundis
05 - Palavras Vazias
06 - Olhos
07 - A Música Invisível
08 - Quando Os Corpos Se Encontram
Bônus:
09 - Sobreviver No Final

>>> A band that I've listened so much in these days and deserve the post. A Banda Invisível, the band that I never saw them play, indeed, but I really wanted to watch a show. They formed in '98 mixing the song and poetry to express the occult world, invisible to the eye. The influences comes from 80s, mainly from gothic rock, with strong melodies that fit perfectly with the rich lyricism lyrics, covering questions about the spirituality (Quando As Almas Se Encontram, A Música Invisível and Quando Os Corpos Se Encontram, for good perceivers the messages of this songs will be very clear), the suffer by the addiction at the material things.
I call attention at Quando As Almas Se Encontram that open the album, with a nice sonority and a bit rate half fast; De Profundis that have a simple but amazing introduction with the bass and drums, and the guitar soon after emanating your sound; Palavras Vazias, this is THE song! The guitar echoes by all the song with notes that start a loop in your mind, as well the chorus ("Palavras vazias, a emoção me trai a cada dia, palavras vazias... empty words, the emotion betrays me every day, empty words...); and Quando Os Corpos Se Encontram, permanently, it's a song what was stay in my life forever.

"And of the eternal light that emerges all days in our lives, withdram our inspirations...
These feelings will never be perceived physically... 'cause "the essential is imperceptible to the eye."

They recorded two demos, O Essencial É Imperceptível Aos Olhos from '99 and Olhos from 2002. The album name from 2004 has a great reflection, A Era da Percepção (The Era Of Perception); it was the moment to perceive that which is imperceptible to our eyes? The invisible world that appears to us in so many ways but we don't tried to perceive it? The archive contain a bonus song called Sobreviver No Final. Enjoy this brazilian sound!

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Foreign Cinema - Non-Synchronous Sound EP (2009)


A Foreign Cinema é uma banda goianiense que habita agora a distante San Francisco nos EUA, nasceu da parceria entre Dave Han e Natalia Silva em 2008. Seu som carrega influências que passeiam entre o Cocteau Twins, The Cure (me remete ao Faith...), Depeche Mode e até mesmo o New Order; tudo isso mesclado com elementos do shoegaze e triphop. A banda iniciou com o Dave Han e Natalia Silva mas logo se juntou a eles Halleia Sadeghi nos teclados. Esta foi a formação do primeiro EP gravado por eles, o Non-Synchronous Sound que trago hoje. Atualmente a formação conta com Brandon Chaves no lugar de Halleia nos teclados e guitarras.
O som deles é facilmente absorvido por aqueles que gostam das bandas citadas acima. Fãs dos 80s e hipsters também são bem vindos. Ao mesmo tempo em que seu som mergulha no 'lado negro' das influências da década de 80, o shoegaze e o triphop trazem uma luz para tudo isso, balanceando o som. A faixa 3 é nada mais, nada menos que uma cover do Depeche Mode, o lado b do single Dreaming Of Me de '81, que eu arriscaria dizer ser melhor que a própria versão original. Recentemente, lançaram seu novo trabalho, o LP Monochromatic disponível para compra aqui, bem como os outros trabalhos. Sem mais, fiquem com mais esta joia desconhecida.

Foreign Cinema:

Dave Han (guitarras, vocais)
Natalia Silva "Natty Dagger" (baixo)
Halleia Sadeghi (teclados, piano em "Lovers And Killers")

Brandon Chaves (guitarras, teclados)

Foreign Cinema - Non-Synchronous Sound EP (2009)



01 - Arbitrary Map Mode
02 - At The Botton Of The Deep Blue Sea
03 - Ice Machine [Depeche Mode cover]
04 - Stop-Motion-Blur
05 - Lovers And Killers

>>> Foreign Cinema is a band from Goiânia (Brazil) located in San Francisco, USA. It was born of the association of Dave Han and Natalia Silva in 2008. Their sound carries influences that passes through the Cocteau Twins, The Cure (make me wonder in Faith...), Depeche Mode and even New Order, all mixed with shoegaze and triphop elements. The band starts with Dave Han and Natalia Silva but soon Halleia Sadeghi joined them on keyboards. This was the line up of the first EP, the Non-Synchronous Sound that I bring you today. Nowadays the line up has Brandon Chaves in place of Halleia.
Their sound is easily absorbed by those who like the bands  previously mentioned. 80's fans and hipsters are welcome too. At the same time Foreign's sound sink in the 'dark side' of the 80's influences, the shoegaze and triphop bring a light to all of it, balancing the sound. The third track is nothing more than a Depeche Mode cover, the b-side of the '81 single Dreaming Of Me, that I would venture to say that's better than the original version. Recently, they released their new work, the LP Monochomatic available here, as well as other works. Enough talk. Take this rare, precious jewel of music and enjoy it.

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ed Motta & Conexão Japeri - Ed Motta & Conexão Japeri (1988)


Antes de tudo, quero dizer que o Seu Arsenal não é composto apenas de post punk, cold/darkwave, synthpop entre outros tantos gêneros aqui presentes, mas sim de boas bandas independente de seus estilos e influências e que penso dever compartilhá-las por aqui. :}
Esta é uma banda brasileira criada na segunda metade da década de 80 pelo sobrinho de Tim Maia, o cantor e compositor Ed Motta, juntamente com o guitarrista Luiz Fernando Comprido. A banda foi batizada primeiramente com o nome de Expresso Realengo porém foi logo mudada para Conexão Japeri.
Ed Motta tinha apenas 16 anos quando gravou este álbum com o Conexão Japeri que é repleto de influências do funk e soul music e também do pop. Músicas como "Manuel" e "Vamos Dançar" estouraram nas rádios. Mas o disco em si não deixa nenhuma música a desejar (meu mero ponto de vista). "Seis da Tarde" é uma ótima música com uma pegada do soul e uma bela letra. "Um Love" é outra boa música com baixo e teclas marcantes, que ficam no ouvido. "Baixo Rio" e "Parada de Lucas" também tiveram seus bons momentos nas rádios. Enfim, todas as músicas foram marcos para o soul music nacional por que o disco em si deu uma nova cara para o soul brasileiro. Enjoy it.

Ed Motta & Conexão Japeri:

Ed Motta (vocal, guitarra, percussão)
Bombom (baixo)
Fábio Fonseca (teclados, piano)
Luiz Fernando (guitarras)
Marcelo Pereira (bateria)
Fran Bouéres (percussão)

Ed Motta & Conexão Japeri - Ed Motta & Conexão Japeri (1988)



01 - Manuel
02 - Vamos Dançar
03 - Lady
04 - Seis da Tarde
05 - Um Love
06 - Baixo Rio
07 - Caminhos (Não É Só o Meu)
08 - Parada de Lucas
09 - A Rua

>>> First of all, I mean that Seu Arsenal is not only composed by post punk, cold/darkwave, synthpo and other genres present here, but good bands regardless of their styles and influences and I think I should share this bands here. :}
This is a brazilian band created at the second half of 80's by the nephew of Tim Maia, the singer and composer Ed Motta, together with the guitar player Luiz Fernando Comprido. The band was baptized first with the name of Expresso Realengo but was renamed soon to Conexão Japeri.
Ed Motta was only 16 when recorded this album with Conexão Japeri that was replete of funk/soul and pop influences. Songs like "Manuel" and "Vamos Dançar" made huge radio hit. But the album itself leaves any song to be desired (my mere point of view). "Seis da Tarde" is a great song with a soul vibe and a great lyric. "Um Love" is another great song with a striking bass and keys, that keep in the ears. "Baixo Rio" and "Parada de Lucas" also had your good moments on the radio. Anyway, all songs was a milestone in national soul music 'cause the album gives a new 'face' to the brazilian soul. Enjoy it.

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sábado, 13 de abril de 2013

Days Are Nights - About Boys And Flowers (2010)



A Days Are Nights é um projeto criado por Dennis 80's em 2006, quando ele deixou a banda Dancing In Tears. Com melodias fortes e um lirismo marcante, cantando em português como também no bom e velho inglês temas que abordam o modo de viver em sociedade, sobre os ressentimentos humanos que são aprisionados no eu interior e degradam sempre mais e mais, além do lado cristão do vocalista. As influências da banda vem diretamente dos anos 80 (a começar pelo nome do fundador e principal membro), das mais diversas como o post punk, o darkwave e o coldwave. Bandas como Asylum Party e The Cure, além das brasileiras Arte No Escuro, Ethiopia, Legião Urbana e Violeta de Outono. O nome da banda veio, segundo Dennis, devido "a degradação humana, da falta de amor, de fé e irmandade das pessoas", penso que a partir disso vem a ideia de que todos os dias são escuros, assim, todos os dias são noites.
Em Setembro de 2006 foi lançado o álbum de estréia da banda, o Sounds Of The End (com uma melodia profunda, um álbum 'dark'), pelo selo 80's Records do próprio vocalista e líder da banda. Este disco teve uma ótima repercussão no cenário underground nacional bem como no da Europa, através de sites, fanzines, etc. Em 2008 foi a vez do Eu Te Vejo Dormir Enquanto o Tempo Nos Mata, que foi lançado também com exclusividade para download. O álbum de hoje foi lançado em 2010 pela Amarelo Discos: o About Boys And Flowers. Para mim este é o melhor disco da DAN, onde talvez estejam ainda mais presentes os elementos fundamentais da banda, tanto em melodia como em termos líricos. "Distroyed Streets" mostra-nos um bom post punk. Em "Dias de Chuva" (a melhor deste álbum para mim) nota-se a presença das influências do dark e coldwave. Eu imagino que "Ao Meu Redor" fale sobre a irmandade e também o modo de viver em sociedade, onde as pessoas estão sempre esperando o momento certo para afundar um punhal nas costas do outro. Ainda há a belíssima "Sobre Meninos e Flores" com uma doce melodia em meio a palavras sobre a vida e a juventude. Enfim, esta é a Days Are Nights, uma banda que consegue traduzir em suas canções algumas coisas do cotidiano de muita gente por aí. Enjoy it.

Days Are Nights:

Dennis 80's (vocais, programações, teclados, guitarra, baixo)
Brunno dos Santos (guitarra, baixo)

Lucas Caire (programações, faixa 1)
Cledson Bauhaus (baixo, faixa 11)

Days Are Nights - About Boys And Flowers (2010)



01 - O Crisdo da Parede
02 - Distroyed Streets
03 - Dias de Chuva
04 - Ao Meu Redor
05 - New Year
06 - Sobre Meninos e Flores
07 - Lost
08 - Cold War
09 - I Just Lost My Opportunities
10 - The Night Makes Me Feel Better (Extended)
11 - Canção Final

>>> Days Are Nights is a project created by Dennis 80's in 2006, when he's left the band Dancing In Tears. With strong melodys and a striking lyricism, singing themes that approach the life style in a society, the  human resentments thas are imprisoned in the inner self and degrade more and more, as well as the christian side of the singer. The band influences comes directly from 80's (starting with the name of the founder and main member), from the post punk to darkwave and coldwave. Bands as Asylum Party and The Cure, also the brazilian bands Arte No Escuro, Ethiopia, Legião Urbana and Violeta de Outono. The band name comes, Dennis says, due "the human degradation, the lack of love, of faith and brotherhood of the people", I think, from that, comes the idea that every day is dark, all days are nights.
In September 2006 was released the debut album called Sounds Of The End (with a deep melody, a dark album), by label 80's Records of the vocalist and band leader. This album had a great repercussion in the underground national scene as well as from Europe, through sites, fanzines, etc. 2008 was the time of the album Eu Te Vejo Dormir Enquanto o Tempo Nos Mata, that was released with exclusivity in the internet to download. The today's album was released in 2010 by the label Amarelo Discos: About Boys And Flowers. For me this is the best album from DAN, where may be presents, the essential elements of band, both in melody as in lyrical therms. "Distroyed Streets" show to us a good post punk. In "Dias de Chuva" (the best of this album for me) note the presence of dark and coldwave influences. I imagine that "Ao Meu Redor" talk about the brotherhood and the life style in the society, where people are always waiting the right moment to sink a dagger in your back (understand this as something like treason). There's still the beautiful "Sobre Garotos e Flores" with a sweety melody with words about the life and youth. Anyway, this is the band that can translate some things of the everyday from people around the world, this is the Days Are Nights. Enjoy it.

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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Tokyo - Humanos (1985)


Banda de São Paulo, criada em '84 com um estilo meio new wave, meio pop rock, com suas influências também do punk rock, tachada por alguns como techno-punk (ou synthpunk). A banda revelou o cantor Supla e o produtor de MPB Eduardo Bidlovski, vulgo Bidi, por ter surgido no meio do movimento do Rock Nacional, junto à grandes bandas e ter feito um bom sucesso com as músicas "Humanos" e "Garota de Berlim", esta última com a participação especial de Nina Hagen.
Em '85, lançaram o single "Mão Direita" que teve sua execução proibida nas rádios pelo fato da letra falar sobre masturbação. Ainda em '85 lançaram "Humanos" e "Garota de Berlim"; e já pegando o embalo do lançamento dos singles, lançaram um LP no mesmo ano intitulado "Humanos", que vos trago hoje. O álbum inicia com "Eu Sou Triste", canção falando sobre um eu de tristeza, isolado, quase em depressão (lol). "Intenções" é uma das grandes do disco, junto a "Roupa X" (que contém um arpeggiator viajante que se prolonga por boa parte da música). Ainda há "Romântica" com a participação especial de Cauby Peixoto fazendo dueto com Supla nos vocais e, a belíssima "Estações". O teclado é, definitivamente, um instrumento bem presente no som da Tokyo, dando uma grande contribuição em todas as faixas deste álbum. Ainda lançaram um segundo álbum em '87 com um estilo diferente do Humanos, que não teve o sucesso do anterior, ocasionando no fim da banda.

Tokyo:

Supla (vocais)
Andrés Etchenique (baixo e backing vocals)
Eduardo Bidlovski "Bidi" (guitarras e backing vocals)
Marcelo Zarvos (teclados)
Rocco Bidlovski (bateria, percussão e backing vocals)

Tokyo - Humanos (1985)



01 - Eu Sou Triste
02 - Intenções
03 - Garota de Berlim
04 - O Tal Poder
05 - Roupa X
06 - Humanos
07 - Mão Direita
08 - Romântica
09 - Programado
10 - Estações

>>> Created in '84, this band from the city of São Paulo (Brazil) with influences of new wave, pop rock and punk rock too, some people say they are techno-punk (ou synthpunk). The band brings the singer Supla and the MPB producer Eduardo Bidlovski, aka Bidi, 'cause emerged in the heart of the national 80s rock movement, together with other bands and have made a good success with the songs "Humanos" (Humans) and "Garota de Berlim" (Girl From Berlin), this last song with the special participation of Nina Hagen.
In '85, released the single "Mão Direita" (Right Hand), with the execution prohibited in radios 'cause talk about masturbation. Still in '85 release "Humanos" and "Garota de Berlim"; and with the momentum of the single releases, they release a LP in same year called "Humanos", that I'm bring you today. The album starts with "Eu Sou Triste" (I'm Sad), talking about a sad person, isolated, almost depressed (lol). "Intenções" (Intentions) with "Roupa X" (Clothes X) are the greats from disc. Still there "Romântica" (Romantic) with special guest Cauby Peixoto making a duet with Supla, and the beautiful "Estações" (Seasons). The keyboard is definitely an instrument very present in the Tokyo's sound, giving a big contribution in all tracks. They released a second album in '87 with a different sound from the first, that's had no great success ended in the end of band.

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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Hanoi-Hanoi - Hanoi-Hanoi (1986)


O Hanoi-Hanoi foi uma banda carioca formada em '85 pela parceria de Arnaldo Brandão e do poeta Tavinho Paes, que participava da composição das letras junto com Arnaldo. A eles se juntaram Afonso, Pena e Cássio (guitarras, bateria e percussão, respectivamente) e daí gravaram o primeiro LP homônimo em '86. "Totalmente Demais" e "Blá, Blá, Blá... Eu Te Amo (Rádio Blá)" (esta última, parceria com Lobão) foram hits do primeiro álbum na época. No segundo álbum "Fanzine" de '88 foi lançada uma música em parceria com Cazuza, "O Tempo Não Para", que se popularizou mais na versão do mesmo. Ainda lançaram mais 4 álbuns até a metade dos anos 90 e em seguida encerraram os trabalhos. Arnaldo Brandão segue até hoje em sua carreira solo. Não chegaram a atingir tanto sucesso nos 80's, apesar da boa qualidade das músicas. Isso só começou a acontecer no início da década de '90 com sua apresentação no Rock In Rio II, substituindo Barão Vermelho; porém, com a mídia dando espaço para outros gêneros musicais da época, o rock foi perdendo seu espaço e com isso diversas bandas foram saindo de cena. 
Sobre o disco de hoje, considero um dos melhores do arsenal nacional dos 80's. Da primeira até a última música, são todas dignas de um biz. :) O estilo musical neste álbum é uma mesclagem entre o rock, o pop e elementos derivados do jazz (a linhagem de baixo) e reggae. Sem mais, é só clicar no disco abaixo e baixar.

Hanoi-Hanoi:

Arnaldo Brandão (baixo e vocal)
Afonso (guitarras)
Pena (bateria)
Cássio (percussão)

Hanoi-Hanoi - Hanoi-Hanoi (1986)


01 - Partido Verde Alemão
02 - Blá, Blá, Blá... Eu Te Amo
03 - Bonsucesso '68
04 - Prazer E Ciúme
05 - Caprichos da Loucura
06 - Totalmente Demais
07 - Nem Sansão Nem Dalila
08 - Spartana
09 - Batom
10 - Testemunha

>>> Hanoi-Hanoi was a band from Rio and was born in '85 through the association between Arnaldo Brandão and the poet Tavinho Paes, that takes participation in the composition of lyrics with Arnaldo. Soon, joined Afonso, Pena and Cássio (guitars, drums and percussion, respectively) so they recorded the first self-titled LP in '86. "Totalmente Demais" and "Blá, Blá, Blá.. Eu Te Amo (Rádio Blá)" (this last, in association with Lobão) was hits from their first album. In the second album "Fanzine" was released a song in association with Cazuza, "O Tempo Não Para". They released more 4 albuns until the first half of 90s and closed the works. The success comes in middle of 90s in your performance at the Rock In Rio II, replacing Barão Vermelho; but the media gives attention at other styles and the rock was losing ground on the radio and with this, so much bands was out from the rock scene. About this album, I consider one of the bests from brazilian 80s arsenal. From ther first to last, all songs deserve an encore. :) The musical style in this album it's a mixed between rock, pop and some elements from jazz/soul (the bass line). Enjoy the sound!

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Heróis da Resistência - Religio (1988)


A Heróis da Resistência nasceu em '86 quando Leoni deixou o Kid Abelha, onde ele era baixista e o principal compositor, visando continuar sua carreira na música.
O Religio é mais uma pérola nacional. Um ótimo álbum mas nem tanto conhecido. O segundo álbum de estúdio da Heróis da Resistência, lançado no ano de '88, trouxe um Heróis diferente do primeiro álbum de '86. Não abandonaram totalmente o rock do primeiro disco mas, neste álbum, eles usaram elementos mais pop nas músicas, muitas tiveram a bateria original substituída pela eletrônica, dando um ar de synthpop (Contato, Hunt To Feed You, Narciso...) que já era muito comum na época, além de algumas composições estarem em inglês. Tank é uma música instrumental e agressiva. As músicas deste disco não tiveram um enorme sucesso como algumas do primeiro, mas nem por isso deixam a desejar. Contato e Silêncio foram bem executadas nas rádios da época. Foi gravado no estúdio Ocean Way e Take One e mixado no Studio 55, todos em Los Angeles, e produzido por Liminha, que produziu diversas bandas nacionais nos 80's.

Heróis da Resistência:

Leoni (baixo e vocal)
Jorge Shy (guitarras)
Lulu Martin (teclados)
Alfredo Dias Gomes (bateria)

Heróis da Resistência - Religio (1988)


01 - Contato
02 - Criação
03 - Silêncio
04 - Hunt To Feed You
05 - Hunt
06 - Narciso
07 - Tzu-Jan
08 - Beleza
09 - Dancing
10 - Sujeito Oculto

>>> Heróis da Resistência was borned in '86 when Leoni, the bass man and main composer has left Kid Abelha.
Religio is a jewel from brazilian 80s sound. A great album but with no deserved respect. Is the second studio album from Heróis da Resistência, released in '88, brought a different band of the first '86 album. They don't abandoned the rock but introduced pop elements in their songs; some songs have a drum machine instead the acoustic drum, which gave a synthpop touch in songs like Contato, Hunt To Feed You and Narciso, and some songs are in english. Tank is an instrumental and agressive song. The songs of this album had no great success as the songs from first album but it's not a bad point. Contato e Silêncio had a great performance in the radios. This album was recorded in Ocean Wav  and Take One studio and mixed in Studio 33, in Los Angeles, and produced by Liminha (which produced several brazilian bands at the 80s).

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Finis Africæ - Finis Africæ LP (1987)



Finis Africæ nasceu em Brasília na primeira metade dos anos 80 como um trio. Logo depois, Rodrigo se juntou ao trio para os vocais e logo participaram da coletânea Rumores com as canções Ética e Van Gogh. Em '85, Rodrigo saiu e Eduardo de Moraes (ex-Virgens) juntou-se a banda como vocalista e um letrista de mão cheia. Em '86 lançaram o mini-LP com seis faixas, das quais Armadilha e Máquinas do Prazer foram notoriamente reconhecidas. Eles tinham um som que se diferenciava das demais bandas de Brasília na época, juntando o dito dark da época com as percurssões da música africana (Deus Ateu) e uma pegada meio funk (sim, o funk na época era bom...), com letras inteligentes e um tanto românticas. O nome da banda veio do livro de Umberto Eco, O Nome da Rosa, que era o nome dado à biblioteca da abadia onde se desenvolvia a história. Acho importante dizer que, para mim, o Finis é dono do melhor baixo nacional dos 80s.
Em '87 lançaram um único LP homônimo que trazia 3 faixas do mini-LP em outras versões e mais 7 inéditas. O LP mostrava ainda mais a qualidade das músicas do Finis e rendeu diversos shows pelo Brasil afora e apresentações em programas de TV da época. E é o disco que trago hoje.

Finis Africæ:

Eduardo de Moraes (vocais)
José Flores (guitarras)
Neto Pavanelli (baixo)
Ronaldo Pereira (bateria)

Finis Africæ - Finis Africæ LP (1987)




01 - Deus Ateu
02 - Vícios
03 - Chiclete
04 - Mentiras
05 - A Última do Lado A
06 - "Ask The Dust"
07 - Deserto
08 - Armadilha
09 - Máquinas
10 - Círculos

>>> Finis Africæ was formed in Brasília at the first half of 80s as a trio. Soon, Rodrigo has joined and assumed the vocals to participate of the compilation Rumores with the songs Ética and Van Gogh. In '85 Rodrigo left the band and Eduardo de Moraes joined to the band as vocalist and a great lyricist. In '86 released a mini-LP with six tracks and Armadilha e Máquinas do Prazer had a notorious acceptance by the public. They had a different sound compared to the other Brasília bands, mixing the dark style with the percussions from the african sounds (Deus Ateu) and some kind of funk and soul music, with very very smart and romantic lyrics. The name of the band was derived of the Umberto Eco book called Il Nome Della Rosa, the name of the library of the history. I think important to say that the Finis Africæ had the greatest bass from the brazilian 80s music.
In '87 was released a homonymous LP bring to us 3 tracks of the first mini-LP and seven another tracks. The LP showed the quality of Finis Africæ sound and they play several shows in the Brazil cities and TV shows. Enjoy this sound.

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ethiopia - Ethiopia EP (1986)


O Ethiopia foi formado nos anos 80 na cidade do Rio de Janeiro, com o fim da banda de punk rock Dezespero. Lúcio Agra, integrante desta banda, originou a idéia de formar um grupo com influências da cena punk e também da cena dita 'dark', bem comum naquela época. Eles fizeram algumas poucas apresentações na boate Ilha dos Mortos, em Copacabana, Rio de Janeiro; e outras no lendário espaço cultural do Circo Voador. O único defeito desta banda é terem lançado apenas um disco e, contendo apenas 4 músicas, que desde o seu lançamento vem se eternizando nas discotecagens de alguns eventos do gênero pelo Brasil afora (quem sabe até fora dele!). E é este disco que trago hoje, o EP Ethiopia, de 1986.

Ethiopia:

Pascoal Ferrari (vocal)
Pollo Rios (guitarra, violão, vocal)
Vicente Tardim (baixo)
Lucio Agra (bateria)

Julinho Villane (teclados - participação especial)

Ethiopia EP (1986)


01 - Feito Navalha
02 - Minha Vida Em Suas Mãos
03 - Ethiopia
04 - Vazio

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Hojerizah - Hojerizah (1987)



O Hojerizah foi uma das tantas bandas brasileiras surgidas nos 80's. Porém, não é uma banda como qualquer outra. Só pelo fato de terem a voz inigualável de Toni Platão e as letras ricas em lirismo de Flávio Murrah, já é um fator adicional a banda, que se diferenciava das outras da época tanto pelo som produzido, como pela voz forte (que alguns diziam ser uma voz operística) de Toni Platão, diferente das que se costumava ouvir na época.
Surgiram na primeira metade da década de 80. Mais precisamente, no fim de 1983. Muitos, ao conhecer a banda, podem-se perguntar (bem, eu me perguntei...) o por que do nome, de onde veio, etc. O nome vem da palavra ojeriza, sinônimo de aversão, que por sua vez vem da palavra espanhola "ojo" (olho, em português). O nome da banda está diretamente ligado ao impacto que a banda produziu na cena underground dos anos 80 no país. Impacto esse gerado pela sonoridade, a forma de se expressar através das letras e, talvez o principal (vejam bem, talvez só...) a forma de se vestir. Já que na época o visual não era tudo, mas era quase tudo, para uma banda. Por volta de 1985, gravaram um compacto pela Polygram/BB Records contendo "Que Horror" e "Pros Que Estão Em Casa". Esta última, os lançou nas rádios alternativas da época. Em 1987, veio o Hojerizah. Com "Tempestade Em Viena" e "Senhora Feliz" conseguindo lugar nas rádios, ao lado de uma nova gravação de "Pros Que Estão Em Casa". Pele, de 1988, apesar de ser considerado (entendam que eu considero) bem mais rico em melodia e lirismo, não obteve o mesmo sucesso. Por fim, a banda se dissolveu no fim dos 80's quando a gravadora os dispensou.
Certa vez, mostrei o som do Hojerizah a um amigo e falou que parecia uma mistura de Legião Urbana com Led Zeppelin (vai saber de onde veio a idéia...). Não há comparação entre as bandas, cada uma tem seu "algo" que a diferencia. Assim também como não há dúvidas da influência gritante  (ou não?) do Johnny Marr (The Smiths) nas guitarras do Flávio Murrah. Se neste primeiro álbum notamos algo, no Pele podemos ver ainda mais esta influência. Este álbum que posto hoje é o primeiro do Hojerizah. Não há uma só música que se possa dizer, ao menos, que ela é "mais ou menos". São todas únicas (claro!) e com seu atrativo particular. No arquivo para download, contém a música lançada no single de '85, "Que Horror". Escutem e tirem suas conclusões. :)

Hojerizah:

Toni Platão (vocais)
Flávio Murrah (guitarras)
Marcelo Larrosa (baixo)
Álvaro Albuquerque (bateria)

Hojerizah - Hojerizah (1987)


01 - Passos
02 - Tempestade Em Viena
03 - Dentes da Frente
04 - Pros Que Estão Em Casa
05 - Roma
06 - Sol
07 - Senhora Feliz
08 - Cinzas Que Queimam
09 - Tempo Que Passa
10 - Pessoas
11 - Que Horror (extra)

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ZerØ - Carne Humana (1987)




Formado no ano de 1983 com Guillerme Isnard (ex-Voluntários da Pátria), que junto aos arquitetos Beto Birger (baixo), Claudio Souza (batera), Gilles Eduar (sax), Fabio Golfetti (aquele mesmo, do Violeta de Outono) e Nelson Coelho (guitarras). Esta formação durou apenas até 1985, quando Guillerme reorganizou a banda com Eduardo Amarante (guitarras), Ricky Villas-Boas (baixo), Freddy Haiat (teclados) e Athos Costa (batera).
Com essa formação lançaram o LP denominado "Passos No Escuro" em 1986, que explodiu nas rádios da época com "Agora Eu Sei" (que contava com a participação de Paulo Ricardo) e "Formosa".
Em 1987, o batera Athos Costa deixa a banda e dar lugar para Malcon Oakley, e com essa formação, o LP "Carne Humana" com os hits "Quimeras", "A Luta e o Prazer" e "Abuso de Poder" (esta última não tão tocada nas rádios...).

Ahh sim. Agora vem a parte boa: o LP "Carne Humana". Sim, posso afirmar que para mim esse é um dos melhores discos do rock nacional dos 80's. Trazendo algumas "inovações" sonoras e não se apegando tanto ao post-punk do primeiro álbum da banda.
O LP inicia-se com Algum Vício, com uma letra que fala sobre o amor como um vício (o próprio nome já diz) com aquela entrada triunfal, que não poderia descrever melhor o que viria nos próximos minutos.
Quimeras foi um dos grandes hits do album, falando sobre uma evolução espiritual (como o próprio Guillerme falou no site oficial da banda) e, sem dúvidas é uma música que ficou marcada pra muita gente daquela geração até os dias de hoje.
Linha da Vida é uma das tantas músicas com a temática do amor.
Abuso de Poder é uma crítica a fase de transição que se vivenciava quanto ao governo e sua forma de governar naquela época e, que infelizmente, ainda dura até hoje...
Medo de Voar é uma das grandes do álbum. Aquela pegada do baixo (hipnotizante!), que leva a música até seus últimos instantes; somada a brilhante voz do Guillerme Isnard (nessa música, mais penetrante que nas outras) e ainda, aqueles riffs na guitarra, tornam a música sem igual. Ahh, sem falar do sax da entrada. Enfim, sem descrições disponíveis para ela.
Carne Humana, música título do álbum. Traz uma batida meio groove e fala "da redundância de certas lições que estão sempre sendo repetidas e pouco ou nada ouvidas"; segundo o próprio Isnard.
Seu Planeta, ao meu ver seria uma canção para alertar sobre o que (talvez) já acontecesse naquela época com o mundo, em todos os sentidos, onde ninguém se importava com ele ou o que aconteceria com o mesmo depois de alguns anos. A temática pode muito bem ser usada para os dias atuais; hoje, mais do que nos tempos da própria música.
Game Over... Brilhante canção, brilhante letra. O sax excepcional do início da música, a linha do baixo também marcante... a guitarra e os teclados dão o toque final da música. A letra me parece mais como uma declaração ou prova de amor de um alguém para o outro.
Sem Pudor é mais uma das brilhantes letras sobre o amor do Guillerme Isnard, que me remete a um alguém que não consegue "largar" a pessoa amada. É sem dúvida, uma das grandes do album.
A Luta e o Prazer, uma canção bem executada nas rádios da época. Diz que "não há mais lugar pra quem quer viver um grande amor", e ainda não há. Outra grande canção com a temática do amor, até hoje não entendo ao certo o que o Ronaldo Bastos quis transmitir com esta letra, mas...

"...Se amas sem atrair amor, isto é, 
se vosso amor é tal que não produz amor,
se através de uma "expressão de vida" como pessoa amante
não fazeis de vós mesmo uma pessoa amada,
então vosso amor é impotente, é um infortúnio."

ZerØ - Carne Humana (1987)


01 - Algum Vício
02 - Quimeras
03 - Linha da Vida
04 - Abuso de Poder
05 - Medo de Voar
06 - Carne Humana
07 - Seu Planeta
08 - Game Over
09 - Sem Pudor
10 - A Luta e o Prazer

>>> Formed in 1983 with Gillherme Isnard (ex-Voluntários da Pátria), which together with architects Beto Birger (bass), Claudio Souza (drums), Gilles Eduar (sax), Fabio Golfetti (that's even from Violeta de Outono) and Nelson Coelho (guitars). This line-up lasted only in 1985, when Guillerme reorganized the band with Eduardo Amarante (guitars), Ricky Villas-Boas (bass), Freddy Haiat (keyboads) e Athos Costa (drums). With this line-up they recorded the "Passos No Escuro" LP in 1986, which exploded on the radios at that time with "Agora Eu Sei" (with special guest Paulo Ricardo) and "Formosa".
In 1987, the 'drum man' Athos Costa has left the band and gave the place to Malcon Oakley, and with this line-up, the "Carne Humana" LP with the hits "Quimeras", "A Luta e o Prazer" and "Abuso de Poder" (this last not good played on the radios...).

Oh yeah! Now comes the good part: the "Carne Humana" LP. Yes, I can say that for me, this album is one of the best albums from brazilian 80s rock. With some sound "innovations" and don't remain in the post punk from the first LP.
The LP starts with Algum Vício, with lyrics talking about love as a addiction (the name says) with that triumphal entry, that can't describe better what comes in the next minutes.
Quimeras was one of the big hits of LP, talking about an spiritual evolution (as Guillerme says in the Zero official website) and, undoubtedly is a song that was marked for many people of that generation until the present day.
Linha da Vida is one of many songs talking about love.
Abuso de Poder is a criticism for the transition phase that was lived, how  to government and your kind of govern in that epoch, and sadly, still extended 'til today...
Medo de Voar is one of biggest from LP. That bass line (mesmerizing!), that extend in the song until the last moments; added to the Guillerme Isnard amazing voice (in this song, sharper than the others) and still, that guitar riffs, make the song unique. Ahh, not to mention the sax when song starts. Anyway, no more words.
Carne Humana, title song from album. Takes some about groove style and talk about "redundancy of some lessons that are constantly repeated but no one's listen", according Isnard.
Seu Planeta, in my point of view is a song to alert about what the world lived in that epoch, in every senses, where no one cares with the world. The thematic can be used in nowadays; more than in the epoch of this song.
Game Over... Brilliant song, brilliant lyrics. The exceptional sax when song starts, the outstanding bass line... The guitars and keyboards give the final touch for this song. The lyric makes me wonder about a love declaration from a person to another.
Sem Pudor is one more of the brilliant songs about love from Guillerme Isnard, that brings me to a person that can't leave the loved one. No doubts, one of big songs from LP.
A Luta e o Prazer was a song with great performance on the radios at that epoch. Says "não há mais lugar pra quem quer viver um grande amor" (there's no more place for who want living a big love); and still no place.  Other great song with the thematic about love. 'Til these days I can't understand what Ronaldo Bastos wants to say with this lyrics, but...

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