quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Tanit - To Alaska... (1984)


Tanit. Deusa púnica e fenícia, principal divindade de Cartago junto ao seu consorte Baal Hammon. O nome, aparentemente, parece ter sido retirado do livro Salammbô de Gustave Flaubert, que é citado na contra capa do primeiro EP da banda, que nos remetia já ao som deste segundo trabalho que trago aqui.
Eu não canso de me impressionar com os sons franceses. Do post-punk ao coldwave há uma linha tênue que liga praticamente todas as bandas que já ouvi da França e, esta linha, está presente neste disco de hoje. Essa é uma das bandas que conheci nos primórdios das minhas andanças pelos becos escuros da net (2009~2010 acho). A música que me chamou atenção foi Banshee. Eu a vi em algum blog, o nome me chamou atenção porcausadisto e então baixei os dois discos que estavam lá disponíveis. Devo dizer que minha primeira impressão não foi das melhores (a qualidade do áudio do arquivo de ambos os discos era horrível e nos tempos eu não dava tanta atenção as batidas minimalistas) e infelizmente isso me privou de ouvir esta magnífica banda ao longo dos anos. Somente a pouco tempo atrás eu me deparei com o EP Can An Actor Bleed no Discogs e me lembrei dessa banda novamente. Um riff que permaneceu escondido nas sombras da minha mente me veio aos ouvidos novamente; e era justamente o desta música. Assim, depois de uma noite procurando por um áudio de qualidade, eu o achei.
Para mim, o casamento perfeito entre baixo e guitarra é o que define a excelência em uma banda de post-punk. A maneira como ambos conduzem a música é algo que merece um notório destaque nesta banda, e então a bela voz de Elsa Drezner e as batidas firmes e progressivas de Pascal Normal que preenchem todo este cenário musical que lhe convida a não se manter parado. As primeiras notas do baixo em Echo Und Der Spiegel já retratam bem este ‘convite’. Banshee agora, preenche toda a euforia que senti quando vi este nome pela primeira vez; baixo e bateria que encaixam perfeitamente com as primeiras notas tardias da guitarra e então a voz bela e forte de Elsa.
Apesar dos anos 80 terem sido a ascensão dos sintetizadores (que estiveram presentes e deixaram marcadas muitas músicas), este mini-lp consegue ter uma sonoridade bem característica da década, mesmo sem o uso de synths. Mais uma prova de como o baixo e guitarra conseguem soar tão bem nestas músicas. Todas elas são elementos de destaque; este disco é para mim um elemento de destaque no post-punk/gothic. A regravação de Can An Actor Bleed? não poderia soar melhor do que a que aqui está; a troca da drum machine do primeiro EP pelo Pascal se revelou eficaz. E ainda destaco Lola, cover do The Kinks que para mim soa bem melhor que a versão original (hahahaha).

Tanit:

Elsa Drezner (vocais)
Thierry Bertomeu (guitarras)
Pascal Humbert (baixo e violino)
Pascal Normal (bateria)

Tanit - To Alaska... (1984)


01 - Lola
02 - Echo Und Der Spiegel
03 - Banshee
04 - Wawel Song
05 - Questions, Questions
06 - Can An Actor Bleed?

>>> Tanit. Punic and Phoenician goddess, the main divinity of Carthage, alongside her consort Baal Hammon. The name, apparently, seems to have been taken from the Gustave Flaubert's book Salammbô, that is quoted in the back cover of their first EP, that bring us to the sound of this second release.
I never tire of being impressed by the french sounds. There's a fine line from the post punk to coldwave that connects all the French bands I've already heard and this line is in the today's disc. This is one of the bands I've met in the beginnings of the my walking though the dark alleys from the net (2009~2010 I guess). The song that call me attention was Banshee. I've saw it in a blog, the name call me attention 'causeofthis so I download the two discs avaliable in that blog. I must say that my first impression was not so good (the audio quality of the song archive in both discs was horrible and I don't like the minimalists beats so much) and unfortunately this fact deprive me to listening to this magnificent band over the years. Just some time ago I've saw the Can An Actor Bleed EP on Discogs and remind me of this band again. A guitar riff remained hidden in the shadows of my mind and came to my ears again; and was precisely the riff of this song.
For me, the perfect match between bass and guitar is what defines the excellence in a post punk band. The way both lead the songs is something that deserves a notorious prominence in this band, so the beautiful voice of Elsa Drezner and the progressive and solid beats from Pascal Normal fill this whole musical scene that invites you to not keep quiet. The first bass notes at Echo Und Der Spiegel already portray this invitation well. Now Banshee, fill all the euphoria I have felt when I saw this name for the first time; the bass and drums fits like a glove with the first late guitar notes and then the beautiful and strong Elsa's voice.
Although the 80s were the rise of the synths (that left so many songs in our mind), this mini-lp can have a very characteristic sonority of the decade, even without the synths. Another proof of how the bass and guitar fits so well in this songs. They are all great, this disc have a great and notorious post punk/gothic sound for me. The re-recording of Can An Actor Bleed? couldn't sounds better than this album version; the exchange of the drum machine by the drummer proved effective. I point out Lola, The Kinks song, that sounds a lot better than the original version... for me, of course (hahahaha).

Download!




domingo, 29 de abril de 2018

Dick Tracey - Talkin' Bout The Future (1986)


Bem, esta é uma banda que não se encontra praticamente nenhuma informação pelos becos obscuros da internet. Mas p#$&*, eis aqui uma sequência de canções que não deixam nada a desejar aos grandes nomes do New Wave da década de 80. Vamos colocar de outra maneira. Eu diria que poderiam me apresentar essa banda sob um nome famoso e dizer que este era um álbum perdido que eu facilmente acreditaria. Posso estar exagerando e provavelmente esteja; e provavelmente eu irei fazer isso com muitas outras bandas que conhecerei ao longo da minha existência mas este é, de fato, um ótimo disco.
Esta banda foi formada no início dos anos 80 na Filadélfia (obrigado Discogs!!!) pelo George Karras quando deixou a banda Dancer. Junto a ele se reuniram o tecladista Jeff Ragan e a ex-modelo Debbie Kaplan (que diziam ser parecida com a Joan Jett, cantora e atriz que alcançou o auge nos anos 70).
Crashing Into Love me fez pensar que esta seria talvez uma banda com uma sonoridade voltada mais ao darkwave mas ao ouvir a faixa título do disco, você já olha ela com outros olhos. Slave For Nothing é uma música mais parada mas  não menos estimada. Waiting Just For You e E.S.P. são duas ótimas músicas retratando bem o new wave da banda. With Or WIthout You é uma ‘baladinha’ romântica daquelas que ficam mesmo na cabeça (bem, ficou na minha pelo menos) e nela a Debbie Kaplan mostra que além de dividir as letras com o George, ser modelo e baixista, tem também uma bela voz. Basic Combination. Essa música lhe tira realmente toda a vontade de querer ficar parado e sair dançando pela casa/garagem/pararocarronomeiodaruaaumentarovolumeesairparadançar. Além da batida, eu diria que ela tem também tem um ótimo instrumental, simples mais envolvente. Sem mais, apenas apreciem mais este som perdido dos 80s.

Se alguém tiver alguma foto da banda, enviem para mim. Agradeço desde já.

Dick Tracey:

George Karras (guitarras e vocais)
Jeff Ragan (teclados e vocais)
Debbie Kaplan (baixo e vocais)

Scott Stewart (bateria)
David Uosikkinen (bateria, faixa 8)

Dick Tracey - Talkin' Bout The Future (1986)


01 - Crashing Into Love
02 - Talkin' Bout The Future
03 - Slave For Nothing
04 - Waiting Just For You
05 - E.S.P.
06 - With Or Without You
07 - Basic Combination
08 - Recommended Crime

>>> Well, this is not a band that you see in every alley of the internet. But f&¨@, this is really a sequence of songs that leaving nothing to desire to the great New Wave’ bands from the 80s. Let’s put it another way. I would say that anyone could introduce this band to me just saying that it’s a lost album by a great famous band and I would easily believe it. Maybe I’m overreacting and probably I am; and probably I will keep doing this with many other bands that I’ll know thoughout my life but this is a great album, indeed.
This band was formed in the early of the 80s at Philadelphia (thanks Discogs!!!) by George Karras when he left the band Dancer. The keyboardist Jeff Ragan and the ex-model Debbie Kaplan (some people said that she’s a Joan Jett lookalike).
Crashing Into Love makes me wonder in a darkwave influenced band but when you heard the title track, you start to think in another way. Slave For Nothing is a slow song but not least estimated. Waiting Just For You and E.S.P. show very well the new wave of the band. With Or Without You is more a romantic song that stick in your mind (well, stayed in my head at least) and you can see that Debbie Kaplan besides being an ex-model, co-songwriter and bassist, she have a very beautiful voice. Basic Combination. This song takes away all you will to stand still and makes you want to start dancing in the house/garage/stopthecarinthemiddleofthestreetpumpupthevolumegetoffthecarandstartdancing. Besides the great beat, I would say that this song have a great instrumental, simple but touching. No more words, just enjoy this great sound.

If anyone have some band photo, send me! Thank you in advance.

Download!!




sábado, 10 de fevereiro de 2018

Monuments - Age (1984~2013)


Bem, já comentei sobre desta banda uma outra vez aqui no blog com a promessa de que postaria ela algum dia. Quase 6 anos depois eu vos apresento ela.
A Monuments foi fundada também em Turim, assim como a Chromagain (que já apareceu aqui no blog) e Tommy De Chirico, outro artista da cena new wave italiana. A banda foi fruto da banda new wave Tecknospray onde Mauro Tavella e Andrea Costa já compartilhavam seus interesses sonoros que, com o fim da banda, convergiram para a Monuments. O som que este duo fazia era algo original e peculiar a meu ver. Tinham claras influências do Kraftwerk e produziam seu som apenas com sintetizadores monofônicos e a ajuda de alguns computadores. Em 1984 lançaram o mini-LP Age com 6 músicas ambas presentes aqui neste relançamento da Mannequin (que já tem um histórico de relançamento da cena italiana como a Chromagain, Intelligence Dept., Move e algumas coletâneas de bandas do industrial ao minimal) e em 2015 lançou também o From The Future: The 1982-1983 Tapes que contém músicas gravadas no estúdio particular da banda. Age vendeu cerca de 1500 cópias que, diga-se de passagem, para uma banda da cena underground naqueles tempos é um ótimo número. Fizeram cerca de 400 shows pela Itália, Alemanha e França e em um deles eles representaram a nova música italiana na primeira Bienal do Mediterrâneo em Barcelona no ano de 1985 (infor. da wiki).
Eu destaco aqui Oblivion (que neste relançamento é grafada como Oblivious) e Veiled Lady, uma das canções que foram gravadas na época do lançamento do mini-LP (juntamente com The Seals) mas não apareceram nele e que possui uma melodia contagiante. Veiled Lady foi lançada no primeiro volume da coletânea Danza Meccanica - Italian Synth Wave e foi gravada anteriormente sob o nome de Violet Lady. Clock’s Room é um dos pontos fortes deste disco também, sempre achei ela uma música estranhamente bela. Geisteskrankheit foi a primeira que ouvi e faz jus ao nome; de longe uma das melodias mais belas e perturbantes do disco. Na verdade, todo o disco é de destaque. Este disco é uma verdadeira preciosidade da new wave italiana. Àqueles que gostarem de new wave e minimal, esse som é um prato cheio. Enjoy it.

Monuments:

Andrea Costa (vocais e sintetizadores)
Mauro Tavella (programações e sintetizadores)

Monuments - Age (1984)


01 - Oblivion
02 - Herz Von Samt
03 - S.A.L.T.
04 - The Seals
05 - Clock's Room
06 - Ice Age
07 - Geisteskrankheit
08 - Veiled Lady

>>> >>> Well, I’ve already talk about this band once in blog with the promise that I’ll post something about some day. Almost 6 years later I show you them.
Monuments was founded in Turim, as well as Chromagain (that appears here in the blog) and Tommy De Chirico, an artist of the italian new wave scene. The band was the result of the new wave band Tecknospray which Mauro Tavella and Andrea Costa already sharing their sound interests that converged to Monuments with the end of the band. The sound this duo made was something original and peculiar in my opinion. They have strong influences of Kraftwerk and produced their sound just with monophonic synthesizers and the help of some computers. In 1984 they released a mini-LP called Age with 6 songs present here in this Mannequin’s re-release (which already has a history of re-releases from the italian scene like Chromagain, Intelligence Dept., Move and some compilations of industrial/minimal/new wave bands) and in 2015 was also release the From The Future: The 1982-1983 Tapes LP which contain some songs recorded in their own studio. Age sold 1500 copies that was a great number to an italian underground band. They played about 400 concerts in Italy, German and France and one of this shows they represented new italian music at the first Mediterranean Biennial in Barcelona, 1985 (info from wiki).
I point out here Oblivion (in this re-release is written as Oblivious) and Veiled Lady, one of the songs that was recorded at the Age’s time but was not released (with The Seals) and have a contagious melody. Veiled Lady was released at the 1st volume of the compilation Danza Meccanica - Italian Synth Wave and was previous recorded with the name of Violet Lady. Clock’s Room is one of the greatests of this album, I always see it like a strangely beautiful song. Geisteskrankheit was the first song I’ve listen and lives up to the name; by far one of the most beautiful and disturbing melody. All the songs deserves a highlight. This album is a really jewel of the italian new wave. For those who like new wave and minimal, this sound will be great to your ears. Enjoy it.


Download!


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